Por Cláudio Chiusoli
Trata-se de um termo pouco familiar, mas que tem implicações importantes na economia.
No dicionário, a expressão Establishment significa “ordem ideológica, econômica, política e legal que constitui uma sociedade ou um Estado” ou ainda “elite social, econômica e política de um país”.
Descreve que é um grupo social dominante e que tem uma influência significativa no processo de decisão da sociedade no seu conjunto, principalmente nos domínios econômico e político.
São compostos por partidos políticos, organizações, empresários importantes, grupos de comunicação, artistas, grupos religiosas e organizações não governamentais (ONG).
Eles relacionam-se entre si de forma a permitir que os seus objetivos sejam priorizados em detrimento das necessidades dos grupos menos poderosos, ou seja, os que não formam o Establishment.
Como é que isto se relaciona com a realidade atual do Brasil? E em que medida influencia a tomada de decisões econômicas?
O seu objetivo é controlar a sociedade em que vivem, estabelecer regras econômicas, sociais e políticas e eliminar aqueles que possam pôr em causa o seu poder.
Em muitos casos, recorrem à manipulação dos meios de comunicação, ao ativismo judicial e, em casos extremos, à violência para prevenir crimes.
Características do Establishment
Uma das caraterísticas dos representantes do Establishment é o fato de quererem permanecer no poder durante muito tempo, o que pode acontecer em qualquer país.
Além disso, o sistema dispõe de um conjunto de profissionais em todos os domínios importantes que se concentram em questões práticas e antecipam os acontecimentos políticos sem se preocuparem com questões morais e éticas.
Com a crescente globalização, o poder do Establishment provou a sua capacidade de estender a sua influência para além das fronteiras nacionais e as suas atividades avançaram a outros países, iniciando um processo de dominação por meio do domínio econômico.
Nesse contexto, o atual Establishment brasileiro está associado a grupos de interesse unidos sob correntes ideológicas mais progressistas, e inclui diferentes grupos como partidos políticos, da imprensa, de artistas e do judiciário.
Isto reflete no preço que a economia brasileira e os cidadãos estão a pagar, inflação alta, taxas de juros elevada, dólar alto e déficit público.
O que se espera para 2025?
Uma excelente semana. Gratidão!
Cláudio Chiusoli

Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR.
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