Selic vai para 12,25%. Um remédio amargo, mas necessário

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Por Cláudio Chiusoli

O Copom elevou novamente a taxa Selic de 11,25% para 12,25% ao ano e manteve o tom cauteloso em seu comunicado.

O discurso do Banco Central (BC) se refere a contínua incerteza fiscal, além de um governo gastador.

A este nível de juros, o objetivo é desacelerar o crescimento econômico, aumentando o custo do crédito, reduzir o consumo e o investimento, para, assim, diminuir a procura de bens e serviços para aliviar as pressões sobre os preços.

O BC tomou esta decisão principalmente devido a inflação entrar em estado de alerta amarelo.

Com crédito mais caro e taxas de juros mais elevadas, o mercado financeiro estima que a taxa básica atinja 15% ao ano devido às expectativas de inflação.

O que se entende por expectativas inflacionárias?

As expectativas do mercado relativas a inflação são muito importantes para controlar a própria inflação.

Exemplo: se um empresário acredita que os preços vão subir no futuro, existe uma boa probabilidade de que os preços sejam ajustados para acompanhar o valor de mercado.

Este movimento na economia faz subir os preços em cadeia e a inflação aumentará ainda mais no futuro, ocasionando uma espiral inflacionária.

Selic refletirá em até 6 meses

Porém, o aumento na taxa básica não é sentido de imediato na economia. As alterações na Selic levam entre 3 a 6 meses para serem refletidas para as empresas e pessoas físicas.

Enquanto isso, o governo faz leilão da moeda americana por meio do BC para conter sua valorização, mas sem muito sucesso.

O aumento dos juros é um remédio amargo, mas necessário.

Excelente semana. Gratidão!

Cláudio Chiusoli

O pacote fiscal anunciando pelo governo deixou especialistas preocupados por fragilidades e inconsistências.

Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR.

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