Por Cláudio Chiusoli
É inegável que a sociedade, como um todo, requer uma atenção por parte do governo. É fundamental que o Estado ofereça a seus cidadãos serviços de qualidade nas áreas de saúde, segurança, educação, assistência social e muito mais.
O economista Keynes (1883-1946) defendia que o governo deveria intervir na economia, regulando aspectos como salários e direitos dos trabalhadores, além de atuar como um agente arrecadador de impostos para utilizar esses recursos em benefício da sociedade, estabelecendo um Estado voltado para o Bem-Estar Social.
Essa iniciativa ganhou importância após a crise de 1929, pois o governo necessitava restaurar a estabilidade econômica.
A abordagem assistencialista consiste em uma intervenção do Estado na economia e na sociedade, destinada a apoiar segmentos da população mais vulnerável. No entanto, pode ser alvo de críticas por não proporcionar uma solução real para as questões enfrentadas, já que oferece apenas um suporte temporário.
Conforme informações do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, aproximadamente 54,5 milhões de pessoas foram atendidos pelo programa em agosto (cerca de 21 milhões de famílias).
O valor médio recebido por cada família beneficiada nesse mês foi de R$ 681, totalizando mais de R$ 14,1 bilhões em repasses para os participantes do programa.
Para ilustrar, a cada dois trabalhadores com registro em carteira, existe uma família recebendo o auxílio governamental.
As regiões Norte e Nordeste apresentam a maior proporção de lares beneficiados pelo Bolsa Família, superando o número de pessoas com emprego formal.
Levando em conta a relevância da função social do estado, desde a posse do atual governo, a exemplo como houve na pandemia, a ajuda do estado tornou-se essencial e os gastos públicos aumentaram significativamente
Entretanto, o governo continua a forçar a demanda por meio de gastos públicos. Por outro lado, as empresas, sufocadas pelas altas taxas de juros, não investem, o que impede o avanço econômico e a criação de emprego e renda.
Reduzir a intervenção na economia
À medida que a economia se expande, o governo deveria reduzir sua intervenção econômica, diminuindo o assistencialismo e promovendo a liberdade econômica da população, direcionando-a para o empreendedorismo.
O problema em questão não é somente os gastos públicos, mas o bom gerenciamento desses gastos, que poderiam ser alocados de maneira mais eficiente.
Lembrando o famoso ditado popular “Não dê o peixe, ensine a pescar”, será que faz sentido?
Excelente semana. Gratidão!
Cláudio Chiusoli
Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR.
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