Juros e inflação: a dupla que virou pesadelo para o consumidor!

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Por Cláudio Chiusoli

O Relatório Focus é uma publicação semanal do Banco Central do Brasil (Bacen) que reúne as previsões sobre indicadores econômicos e prevê aumentos da taxa de juros Selic nesse ano.

Este relatório serve como referência fundamental para as decisões financeiras tanto do mercado quanto do governo, influenciando escolhas de investimentos, gastos e poupança de cidadãos e empresas.

Por isso, é um instrumento vital para aqueles que buscam compreender a situação econômica do país.

Na quarta (19/3), o Comitê de Política Monetária (Copom) tomou a decisão de elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, atingindo 14,25%, um patamar que se mantém igual desde agosto de 2016.

Qual é a justificativa para essa decisão?

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o ano de 2024 com uma alta de 4,83% e, em fevereiro, apresentou um fechamento de 1,31%.

A taxa Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado para conter a inflação.

Elevação dos juros

Diante do recente incremento nos preços, a elevação da taxa de juros é empregada como uma medida alternativa para limitar o consumo e inibir pressões inflacionárias.

O déficit público continua a crescer, impulsionado pelos gastos do governo, o que, por sua vez, contribui para um aumento no Produto Interno Bruto (PIB).

Analistas projetam uma inflação de 5,66% ao final deste ano e estimam que os juros básicos podem alcançar 15% ao ano até dezembro. A expectativa sugere novos aumentos na taxa Selic nas próximas reuniões do Copom.

Os especialistas avaliam que é necessário manter os juros em níveis elevados como uma alternativa para controlar a inflação.

As previsões para a Selic nos próximos anos indicam uma estabilidade. Analistas acreditam que os juros deverão começar a cair, com uma projeção de redução da Selic para 12,5% ao ano até o final de 2026.
Para 2027 e 2028, a expectativa é ainda mais otimista, prevendo taxas de 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

No momento, é necessário lidar com crédito mais caro e aumentos nos preços dos itens nas gôndolas dos supermercados.

Excelente semana. Gratidão!

Cláudio Chiusoli

A elevação dos juros, com o aumento de 1% na taxa Selic, é uma das principais medidas para conter a inflação.

Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR.

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