Por Cláudio Chiusoli
Em artigo anterior (veja aqui), comentei a diferença entre recessão e depressão.
Agora, deixo uma pergunta. Qual é o período considerado a pior depressão mundial?
a) 1876
b) 1929
c) 1974
d) 1986
Antes de citar a data, esclareço que o motivo principal foi devido à superprodução, ou seja, excesso de oferta. Isso mesmo!
Se você pensou no ano de 1929, acertou. O excesso de oferta foi a causa e, como consequência, o mercado de ações nos Estados Unidos despencou e ficou conhecido nos livros de história como o crash da Bolsa de Valores de Nova Iorque.
A crise de 1929 é considerada uma das maiores crises do capitalismo pois, em um curto período de tempo, o PIB dos EUA caiu pela metade e o desemprego atingiu quase 30% da população.
Além da queda na economia dos Estados Unidos, o mundo inteiro foi afetado pela grande depressão, que causou um enorme impacto para o sistema financeiro internacional.
Basicamente, após a primeira guerra mundial, o EUA se consolidou como uma grande potência, auxiliando na reconstrução da Europa pós-guerra, tornando-se o maior credor e exportador mundial.
Os cidadãos dos EUA, por sua vez, estavam bastante otimistas, tal como a indústria americana, e investiram em ações dessas empresas.
No entanto, à medida que os países europeus se recuperavam do pós-guerra, a demanda ficou abaixo da oferta dos EUA, com consequências desastrosas para as empresas e os investidores. Essa situação é a explicação da superprodução.
E, relembrando nossa aula de história na infância, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café, para que não houvesse uma grande desvalorização, devido aos altos estoques do produto, uma vez que as exportações do Brasil caíram vertiginosamente.
Curiosamente, a depressão descrita como um estado de recessão alarmante encerrou no início da segunda guerra mundial. Do resto, já conhecemos essa história.
Fique por dentro. Boa semana. Gratidão!

Cláudio Chiusoli
Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR.
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Foto: Reprodução da internet