Por Cláudio Chiusoli
Segundo o dicionário, a palavra déficit significa “falta de fundos para completar uma certa quantia em dinheiro ou para pagar uma conta.”
Portanto, é sabido que os déficits públicos envolvem despesas superiores às receitas, relativos as contas públicas.
Da mesma forma, se olharmos para um orçamento familiar, se a renda é de R$ 5.000 e a despesa é de R$ 6.000, então essa diferença gera um déficit familiar e há necessidade de fechar as contas, que geralmente recorre a empréstimos ou auxílio de alguma quantia já reservada, como a poupança.
No Brasil, há uma coisa muito preocupante: segundo o relatório das contas do governo de janeiro a agosto de 2023, divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional, o déficit primário atingiu R$104,59 bilhões.
Para referência, existem três tipos de déficit em uma análise sequencial:
O primeiro é “Déficit Primário”: baseado em apenas considerar a receita menos as despesas do governo.
A seguir, temos o “Déficit Operacional”: que inclui os juros pagos.
E, por fim, o “Déficit Nominal”: Inclui todas as despesas do governo, juros e correção monetária (inflação).
Em suma, o déficit público atual está relacionado com a diferença negativa entre as receitas totais do governo e as despesas totais, o que é causado em grande parte pela política do governo federal de deixar um estado mais “inchado”.
Um exemplo é que, além do aumento dos gastos populistas, o número de ministérios aumentou de 23 para 38, sem incluir outros gastos, como emendas parlamentares.
Déficit público exige medidas
A solução para este déficit significa que o governo precisa tomar algumas medidas, tais como:
- 1. Emissão de moeda;
- 2. Emissão de títulos públicos, quando o governo empresta dinheiro do mercado em troca do pagamento de juros. Ou mesmo
- 3. Aumentar os impostos , que é uma questão que não agrada às empresas e às pessoas.
Vale a pena lembrar que déficits públicos excessivos podem conduzir a problemas econômicos de longo prazo, como inflação e dívida excessiva.
O controle adequado das despesas públicas é crucial para manter a estabilidade econômica e salvaguardar o bem-estar dos cidadãos.
Mas dado o tamanho do estado atual, isso significa cautela, pois os sinais não são bons.
Fique por dentro. Gratidão!
Cláudio Chiusoli
Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR. Mande sua sugestão ou dúvidas para prof.claudio.unicentro@gmail.com. Acompanhe meu canal do e minhas redes sociais Linkedin, Facebook e Instagram.
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Foto: Freepik
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2 Comentários
Excelente artigo !!!
gratidão amigo