Por Edmilson Palermo Soares
Como dissemos no artigo anterior, um vinho – por ser um ser vivo – pode se estragar.
Aqui vão algumas dicas para você poder avaliar as condições do seu vinho.
- Fique atento às características da rolha: Antes de abrir seu vinho, observe a rolha. Ela pode dar sinais do que você vai encontrar, caso seu vinho esteja estragado. Se a rolha estiver com um cheiro estranho, semelhante ao de mofo, é um mau sinal.
- Preste atenção aos aromas: Depois que a garrafa já estiver aberta, tenha atenção ao aroma do vinho. É comum que alguns exemplares de vinho tenham aromas não tão convencionais, como petróleo, esmalte, couro e grafite, entre outros, mas não de mofo ou acetona, por exemplo.
- Cor do vinho também dá sinais: Ao servir a bebida possivelmente estragada em uma taça, você vai notar tons diferentes do que o esperado para aquele vinho. Nos tintos, a coloração ganha tons de cobre; já nos brancos, tons castanhos.
- O paladar: Caso seu vinho apresente na boca um sabor amargo ou semelhante ao gosto de vinagre, é a confirmação de que ele está realmente estragado. Melhor apostar em outra garrafa!
Como evitar o que o vinho se estrague? Seguem algumas sugestões:
- Atenção ao armazenamento: A maneira como você escolhe armazenar seu vinho pode contribuir para que ele estrague. As garrafas devem estar abrigadas em um local fresco e arejado sem mudança brusca de temperatura.
- Garrafas longe da luz: O ideal é que o local para armazenamento dos vinhos tenha umidade controlada e fique distante da iluminação. A incidência de luz sobre a garrafa é uma das maiores ameaças para o vinho.
- Deixe o vinho armazenado na horizontal: Se o objetivo é manter o vinho por muitos anos na adega, guarde a garrafa deitada. Assim, o líquido da bebida em contato com a rolha não permitirá que ela resseque. O ressecamento da rolha faz com que ela fique mais porosa e, dessa forma, o ar entrará na garrafa e acelera o processo de oxidação.
- Atenção ao tempo em que o vinho será armazenado: Há quem diga que quanto mais velho, melhor o vinho, mas essa máxima nem sempre se confirma, pois alguns tipos de uvas e vinhos não lidam bem com a ação do tempo. Procure se informar sobre o estilo do seu vinho, há rótulos que saem da vinícola para serem consumidos em, no máximo, 2 anos, como há também vinhos que nascem para serem consumidos apenas depois de 10 anos.
Espero que tenha gostado de nossas dicas.
Um último conselho. Os vinhos jovens são para serem consumidos imediatamente. Não fique guardando para tomá-lo mais tarde, e não tem necessidade de estar enchendo a sua adega deste estilo de vinhos. Guarde em sua adega os vinhos que irá deixar por um período necessário para o amadurecimento.
Edmilson Palermo Soares
Enófilo, sócio proprietário da Confraria da Taverna, loja de vinhos e espumantes que traz novas experiências no mundo do vinho, estudioso e entusiasta, com conhecimento prático provando vinhos de mais de 20 países e diversas uvas desconhecidas do público em geral.
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