A quem serve uma cidade atrasada?

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Por Ana Paula Barcellos

Uma cidade atrasada, por vezes, parece presa em um relógio que não avança. Ela se arrasta, como se o próprio tempo estivesse cansado de esperar por mudanças. Mas a quem serve essa cidade que insiste em permanecer no passado?

Bom, a gente pode pensar que uma cidade atrasada serve à nostalgia. Ela é um refúgio para aqueles que anseiam por tempos mais simples, quando as ruas eram estreitas, os bondes rangiam e os vizinhos se conheciam pelo nome. Essa sensação de familiaridade e pertencimento pode ser reconfortante para alguns.

No entanto, uma cidade moderna e dinâmica serve a um propósito muito mais amplo. Ela é um organismo vivo, pulsando com energia, inovação e oportunidades, com todos os componentes que fazem uma cidade verdadeiramente boa e que oferece qualidade de vida aos seus habitantes:

Infraestrutura e Mobilidade: Uma cidade moderna investe em transporte público eficiente, ciclovias, calçadas acessíveis e vias bem conservadas. Ela conecta bairros, facilitando o deslocamento e reduzindo o estresse do trânsito.

Educação e Cultura: Uma cidade que visa o progresso valoriza a educação como um pilar fundamental. Ela oferece escolas de qualidade, bibliotecas, museus e espaços culturais com uma diversidade de eventos e atividades que enriquece a vida dos cidadãos e das cidadãs.

Uma cidade moderna precisa pensar nos seus cidadãos e proporcionar saúde, educação, empregos, sustentabilidade. A quem serve uma cidade atrasada?

Saúde e Bem-Estar: Hospitais, clínicas e centros de saúde são essenciais para uma cidade moderna. Além disso, parques, áreas verdes e espaços para atividades físicas que promovam o bem-estar da população.

Empregos e Economia: Uma cidade atrasada pode estar estagnada economicamente. Por outro lado, uma cidade moderna atrai investimentos, startups e indústrias criativas. Ela gera empregos e oportunidades para todos.

Sustentabilidade: Uma cidade boa para se viver é ecologicamente consciente. Ela investe em energia limpa, reciclagem, áreas verdes e planejamento urbano sustentável.

Segurança: Uma cidade moderna prioriza a segurança de seus habitantes. Policiamento eficiente, iluminação pública adequada e políticas de prevenção são fundamentais.

Inclusão e Diversidade: A cidade do progresso celebra a diversidade. Ela acolhe pessoas de diferentes origens, culturas e identidades. Espaços inclusivos e políticas antidiscriminação são essenciais.

Fotos: Freepik

Cidade atrasada serve à nostalgia

Se uma cidade atrasada serve à nostalgia, isso se resolve facilmente com um belo álbum de fotografias; mas uma cidade moderna serve ao futuro! A cidades modernas não cabem em caixinhas, menos ainda em bolsos. Elas são palcos para sonhos, inovação e crescimento. Portanto, cabe a nós escolher: queremos viver no passado ou construir um futuro vibrante?

Ana Paula Barcellos

É graduada em História pela UEL, Mestre em Estudos Literários, integra coletivos culturais da cidade e é agente cultural. Sacoleira e brecholenta, trabalha com criação de joias artesanais e pesquisa de tendências, e escreve também a coluna de Moda deste jornal. Siga os Instagram @experienciasdecabide e yopaulab

Foto principal: Fábio Luporini

Demais fotos: Acervo pessoal

(*) O conteúdo das colunas não reflete, necessariamente, a opinião do O LONDRINENSE.

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