Skip to content

Pantera Negra: Wakanda para Sempre – ainda bem que estúdio optou por outro caminho

Por Marcelo Minka

O que dizer desse inverninho em pleno meados de novembro? Que tá gostoso. Mas vamos falar do novo filme da Marvel, Pantera Negra: Wakanda para Sempre. Todos esperavam que o filme fosse uma sequência de Pantera Negra (2018), mas o estúdio optou, ainda bem, por outro caminho. Afinal, quando não tem o que se dizer, não há o menor sentido nessas continuações aberrantes – diga-se de passagem todas as continuações de Thor.

No frigir dos ovos, a Marvel provavelmente fez esta opção pela ausência de Chadwick Boseman, ator que interpretou o super-herói no filme de 2018 e faleceu em 2020. O roteiro parte das consequências dos acontecimentos do primeiro filme e se impulsiona em uma homenagem ao ator falecido. Na trama cheia de conflitos internos e externos, imperialismo e colonizadores, a rainha e todo povo de Wakanda lutam para proteger a nação das potências mundiais e seus interesses vis.

A única coisa possível para se dizer do elenco é que está impecável. Angela Bassett interpreta poderosamente a rainha Ramonda, segurando o filme de ponta a ponta. Dominique Thorne (O Judas Messias – 2020) interpreta a personagem Riri Williams, enquanto o ator mexicano Tenoch Huerta (Sem Identidade – 2009) incorpora Namor, o rei de Talokan, uma espécie de Atlântida do UCM. Huerta está tão bem no papel que dá vontade de assistir a um filme somente de Namor. Apesar das discussões geopolíticas que o filme levanta, não podemos nos esquecer que estamos assistindo a um filme da Marvel e a pancadaria come solta na terra, no mar e no ar.

E parece que é modinha agora deixar a fotografia das produções extremamente escura. Por exemplo, na série A Casa do Dragão, onde quase não conseguimos enxergar o que está acontecendo. Entendo que é uma série de ficção ambientada em uma época em que a iluminação artificial era na base do fogo, mas precisamos ver o que está acontecendo pra entender o roteiro. A diretora de fotografia de Pantera, Autumn Durald (que também dirigiu Game of Thrones), segue por este caminho, por vezes não conseguimos enxergar quem socou quem, quem deu voadora em quem. Mas as coreografias das lutas são ótimas, apresentando um grau razoável de violência, mas sem sangue.

Enfim, o diretor do longa Ryan Coogler, que também dirigiu o Pantera Negra de 2018, apresenta um longa de super-herói que consegue ser emocionante e politicamente instigante, um filme-homenagem para os fãs do gênero. Há uma interessante cena após os créditos que apresentam o elenco principal.

Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas.

Foto: Divulgação

Compartilhar:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Designed using Magazine Hoot. Powered by WordPress.