“Aos 21 anos, tive um caso com uma mulher 30 anos mais velha que me ensinou prazeres que eu nunca imaginei, como beijo grego, inversão e outras coisas mais para fazer a dois ou a três. Nunca repeti nada com outra, por vergonha de pedir. Agora, anos depois, encontrei uma mulher por quem estou apaixonado e pensando em casar. No entanto, não consigo esquecer aqueles prazeres e fico louco pensando que, com o casamento, nunca mais vou repeti-los. Como resolver isso?”
Ai, ai, ai, a clássica história de mulher mais velha iniciando o rapazinho nos prazeres do sexo e sendo inesquecível. HO! Pois é, quem teve uma história com uma mulher experiente sabe toda a diferença que isso faz no relacionamento. Meninos aprendem a ser homens e a satisfazer uma mulher plenamente, o que as futuras namoradas agradecem. (Sim, tô puxando a sardinha para o meu lado, hahahaha!)
Porém, há alguns efeitos colaterais, como no caso desse leitor. Se a mulher mais velha foi além do, digamos assim, sexo trivial e partiu para expansão do prazer masculino – o que é bem mais fácil de realizar com rapazes mais novos, sem muita experiência de vida e ansiosos por aprender -, abrindo literalmente horizontes sexuais, dificilmente esse rapaz vai se contentar com o “comum”.
Como já disse em outros artigos, a exploração do ânus – seja pelo simples beijo grego ou pela inversão, entre outras – é muito prazerosa para o homem de mente aberta e disposto a tudo para alcançar novos e fortes prazeres. No entanto, a maioria ainda resiste a experimentar por causa do forte machismo e por achar que “vai virar gay”. Conceito totalmente errado, porque ninguém “vira gay”. O homossexual nasce homossexual, não é uma questão de opção. “Ah, agora vou ser gay”. Não, isso não existe.
No caso do leitor, que pensa que o casamento vai ser frustrante porque nunca mais vai experimentar esses prazeres, é mais simples de resolver. O segredo é a boa e simples conversa com a amada. “Mas, tia Telma, e se ela achar que sou gay?” Filhinho, vai pela titia aqui: se você está disposto a compartilhar uma vida com uma mulher que lhe satisfaz em todos os sentidos e que você também a satisfaz, ela deve ser especial, né mesmo? Sendo especial, acha que uma conversa que pode mudar a opinião que ela tem de você? Se ela achasse que é gay, acredito que ela não estaria mais com você.
Pelo contrário, conversas francas e sinceras fortalecem os laços entre o casal. Adianta casar tentando esconder que precisa de mais? Vai fazer o quê? Ficar frustrado sexualmente o resto da vida? Ou, na primeira oportunidade, “dar uma escapadinha”?
Pense comigo: essa mulher mais velha que ensinou esses novos prazeres aprendeu sozinha? Logicamente que não. Alguém, talvez um namorado ou até um marido, tenha lhe pedido para fazer. E ela fez e viu que era bom. Se você ensinar sua namorada a lhe dar prazer mais ousado, ela pode lhe agradecer. E, até, quem sabe, ensinar algum outro rapaz algum dia.
Mande suas dúvidas e sugestões para telma@olondrinense.com.br
Telma Elorza
Jornalista profissional, palpiteira e galhofeira. Adora dar pitaco na vida dos outros enquanto vai levando a sua na flauta.Compartilhar:
Foto: cottonbro no Pexels