Por professor Renato Munhoz
O ESG (termo em inglês Enviromental, Social e Governance) envolve três agendas de ações intersetoriais dentro das empresas e dentro da sociedade, abrangendo três dimensões complementares: ambiental ou sustentável; social; governo, gestão ou governança.
O que significa na prática?
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As empresas têm buscado atuar ESG com suas práticas operacionais em suas políticas de modo que possam contribuir para uma melhor gestão, mais transparente e moderna, e que corresponda ao que hoje chamamos de metodologia ágil. Com respostas rápidas para problemas cotidianos que afetam a vida das empresas e da sociedade.
Não é possível mais falar do ambiente privado ou de empresa sem falar do ambiente social e humano. Muito menos falar de sustentabilidade sem abordar essa dimensão. É fundamental que as práticas de ESG alcancem a diversidade das comunidades, seu aspecto cultural e crie relacionamento com pessoas. Estes são afetados, mas também são os sujeitos responsáveis para uma atuação que consiga dar conta de uma responsabilidade social envolvente e transformadora.
A consciência e o envolvimento dos atores de ESG deve ser para a consolidação de redes que atuem em parceria com as empresas, governos e com a sociedade de modo geral.
A questão sustentável e ambiental dentro do ESG está relacionada a meio ambiente as formas de como vivemos ou de como nos relacionamos com o ambiente e os impactos e as marcas que deixamos neste lugar. Desde a gestão do lixo, a forma de utilização consciente sobre a água e a energia, até mesmo práticas voltadas para as empresas em relação a emissão de gases poluentes e ações que combatam os efeitos das mudanças climáticas.
Agenda ESG
É fundamental pensar em uma “Rede de Boas Práticas”. Como nos apontou o filósofo chinês Confúcio: “a palavra convence, mas o exemplo arrasta”. É preciso promover a sensibilização de todos os atores envolvidos na agenda, empresas, governos, a sociedade e todos aqueles que possam de alguma forma contribuir para que seja efetiva.
A sensibilização passa pelo processo de capacitação, de informação e formação. Que construa bases para todos aqueles que de alguma forma vão atuar na agenda ESG. É importante no planejamento considerar bons momentos com boas conversas e de boas trocas de informações e saberes. Onde os sujeitos da agenda ESG possam se sentir parte desse processo.
Após a sensibilização é importante dentro do planejamento de agenda ESG considerar o foco não apenas no resultado, mas no processo. Quanto mais participativo, quanto mais pessoas envolvidas, com ações objetivas pautadas nos valores da agenda, mas sobretudo no papel de cada um, os resultados tendem a fazer mais sentido.
Também é preciso provocar a capacidade de sonhar com realidades que ainda não foram imaginadas. Para que dessa forma quem sabe nasçam bons projetos com resultados futuros.
Por fim, a agenda deve levar em consideração aquilo que chamamos de registro. O registro e o monitoramento das atividades devem ser considerados como fundamentais. Registrando e avaliando, é possível observar os passos dados, isso motiva, revela as pegadas do caminho e o horizonte almejado.
A Intersetorialidade e a construção de Redes de ESG vão fazer que ações sejam efetivamente orgânicas. Mas é preciso incorporar a agenda, fazer o caminho, isso demanda investimento, tempo, comprometimento, mas sobretudo envolvimento. Com uma boa dose de coragem e disposição para a construção de um caminho novo, a agenda sai do papel e se torna prática, promovendo desta forma todos os setores envolvidos.
Professor Renato Munhoz
Educador, historiador, teólogo. Pós graduado em juventude gestão de programas e projetos sociais e educação ambiental. Me siga no Instagram: @profrenatomunhoz
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Foto principal: Pexels
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