A teoria econômica explica a queda da taxa Selic para 12,25%

Por Cláudio Chiusoli

Se os livros de economia estão desatualizados, então, simplesmente bastaria que o Copom (Comitê de Política Monetária) reduzisse significativamente a taxa básica de juros, a Selic.

Talvez alguém da equipe econômica não tenha esclarecido aos líderes do governo federal que a taxa básica não poderia cair significativamente devido ao risco de um retorno à inflação.

O fato é que o governo federal continua criticando fortemente, sem nenhum fundamento econômico a não ser ideológico, o modelo de gestão do BACEN.

Mesmo assim, semana passada, a conhecida super quarta, o Copom reduziu a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, de 12,75% para 12,25% ao ano.

A decisão é pela continuidade ao processo de redução dos juros iniciado há três meses e o Banco Central deverá ainda reduzir mais a taxa Selic que, segundo estimativa do mercado, pode atingir 10,0% ao ano em 2024.

O Copom, em seu relatório, sinaliza o rumo que tomará em relação à política monetária, com elementos contracionista e outros expansionista.

O Copom registra que deve haver cautela para o cenário que apontam riscos no ambiente global e doméstico.

Estima-se que a inflação tende a cair, mas ainda acima da meta de inflação de 3,25%.

Selic: política contracionista

Por outro lado, a análise aponta uma possível desaceleração econômica nos próximos trimestres.

Este nível de taxas de juro é conhecido como política contracionista, porque as taxas de juros elevadas tornam o crédito mais caro, inibem o consumo e reduzem o investimento produtivo, reduzindo assim o crescimento econômico.

Motivo: o objetivo final é reduzir a inflação e alcançar um crescimento econômico sustentado.

Isso requer calma e paciência.

Fique por dentro. Boa semana. Gratidão!

Cláudio Chiusoli

Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR. Mande sua sugestão ou dúvidas para prof.claudio.unicentro@gmail.com. Acompanhe meu canal do e minhas redes sociais Linkedin, Facebook e Instagram.

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Foto: Freepik

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