Por Cláudio Chiusoli
A taxa Selic subiu para 15% ao ano, o que já era antecipado pelo mercado.
Com juros mais elevados, o custo do dinheiro se torna maior, o que visa conter a inflação, que mostra indícios de desaceleração ao tentar diminuir o consumo e investimento.
A boa notícia é que, diante de uma economia resistente e inflação ainda acima da meta de 3%, o Banco Central (BC) agiu com cautela ao discutir os próximos passos da Taxa Selic na ata do Copom. Enfatizou que o ciclo em curso foi “rápido e bem intenso”, ressaltando que muitos dos impactos restritivos na economia para conter a inflação ainda estão por vir.
O BC indicou a intenção de interromper o aumento das taxas de juros para avaliar se os ajustes feitos até agora serão suficientes para garantir que a inflação atinja a meta.
Mais impostos
A notícia negativa, por outro lado, é que há um governo excessivamente gastador que busca aumentar constantemente suas receitas e tentou mais uma alternativa ao taxar as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), gerando mais conflitos com o Congresso, ao propor uma cobrança de 5% de imposto de renda sobre os ganhos.
Para esclarecer, a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) são títulos financeiros que se referem à captação de recursos que os bancos realizam com a intenção de emprestar para o setor imobiliário e para o agronegócio.
Essa operação acontece quando os bancos pegam dinheiro dos investidores e emitem esses títulos (LCI ou LCA). Os recursos captados pelos bancos são então emprestados a empresas que necessitam de capital para investir no setor imobiliário ou no agronegócio.
A proposta provocou reações desfavoráveis entre os setores imobiliário e agrícola, que alegam que a nova taxação pode aumentar os custos do crédito e afetar os preços de propriedades e alimentos.
Além disso, os investidores têm a possibilidade de explorar alternativas de investimento que apresentem uma carga tributária reduzida ou que proporcionem retornos maiores, já que não estão sujeitos ao imposto de renda, o que as torna interessantes para quem está investindo.
Novamente, essa falta de perspectiva por parte de um governo desorganizado não reconhece a repercussão causada em setores como o imobiliário e o agronegócio.
A população não suporta mais o peso dos impostos.
Fica a dica. Desejo uma ótima semana!
Foto principal: Freepik
Cláudio Chiusoli

Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR.
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