O fim de uma agenda liberal nos primeiros dias do novo governo

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Por Cláudio Chiusoli

Não dá para falar de economia sem abordar o impacto das decisões políticas que interferem na economia.

Por esse motivo, entre os economistas, há correntes de quem defende um estado mais presente na economia e outros não.

Logo nos primeiros dias do ano, motivado pela gestão política atual, o índice Ibovespa caiu fortemente e o dólar subiu. As ações das empresas estatais foram muito impactadas pelo simples anúncio do fim das privatizações.

E qual o cenário em relação a isso? Investidores, empresários e outros agentes tomam decisões econômicas com base nas ações do governo.

De fato, além de proporcionar o bem-estar de seus cidadãos por meio de atividades básicas (como saúde, educação, segurança etc.), o Estado só consegue manter sua estrutura pública por meio de arrecadação de impostos.

Acontece que, ao contrário do governo anterior, que tinha uma agenda liberal, o atual é um defensor de uma economia com uma visão clara de construir um estado maior e mais intervencionista na economia.

Algumas pessoas podem perguntar, isso é bom? Poderia ser, mas para manter o tamanho dessa máquina pública a conta precisa fechar, o que pode acarretar mais carga tributária.

Sim, espere, a economia como um todo pode ser afetada, inflação, juros, dólar, investimento, produção e emprego e quem mais sofrerá são as pessoas de baixa renda.

Em geral, um estado “inchado” que dita as regras da economia não tem demonstrado tanto sucesso em países latino-americanos como Venezuela, Nicarágua, Cuba e agora Argentina.

E além do tamanho, há também o problema das divisões dos ministérios entre os partidos que apoiam o atual governo. Em rápida pesquisa na internet, nove partidos tiveram seus contributos. Assim:
PT (11), União Brasil (3), PSD (3), PSB (3), MDB (3), Rede (1), Psol (1), PDT (1), PCdoB (1) e sem partido (10)

Reflexo é o aumento do número de ministérios de 23 para 37 e vamos ver o que nos espera daqui para frente.

Fica a mensagem. Desejo uma ótima semana!

Cláudio Chiusoli

Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR.
Mande sua sugestão ou dúvidas para prof.claudio.unicentro@gmail.com. Acompanhe meu canal do e minhas redes sociais Linkedin, Facebook Instagram.

Foto: Pexels

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Uma resposta

  1. Estado inchado, fim do teto de gastos. Imposto de renda para quem ganha 1500 reais. Podemos esperar algo bom? A ideia é nivelar a renda da população, tornando todos miseráveis. O governo Lula começou muito mal. Argentina, Cuba, Venezuela estão aí para mostrar o caminho da falencia. E Lula segue a mesma cartilha.

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