Por Cláudio Chiusoli
Semana passada, um amigo questionou-me: E aí, o dólar vai cair mais? Vale a pena comprar?
Brinquei, dizendo que precisava de uma bola de cristal para saber quando o dólar vai cair ou subir.
Infelizmente, isso é realmente impossível.
Compreender o cenário macroeconômico mundial e, principalmente, no Brasil é essencial para os investidores que atuam no mercado financeiro.
Diante desse questionamento, acompanhar esses cenários torna-se importante ao investidor para se preparar aos eventos futuros com o objetivo de adaptar seu investimento baseado em seu objetivo pessoal.
Reforçando esse tema, recebi um relatório de uma corretora, acesse aqui, que aponta algumas previsões muito interessantes em relação ao dólar justificando sua queda, o que vale a pena mencionar. Segue alguns fatores:
1.Expectativa de que os juros parem de subir nos Estados Unidos;
2. Sinais de retomada da economia chinesa – a China é um dos maiores importadores do mundo e beneficiará muitos países, inclusive o Brasil.
3. Redução de preocupações de uma crise bancária mundial;
4. Redução da percepção de risco fiscal no Brasil, com a proposta do arcabouço fiscal;
5. Expectativa de manutenção de uma taxa Selic alta – juros altos tendem a atrair mais investidores estrangeiros, trazendo fluxo de dólares.
O relatório finaliza que, de acordo com o Boletim Focus do Banco Central, é esperado que o dólar americano termine a um preço de R$ 5,30 em 2023 e US $ 5,40 em 2024.
Em outras palavras, as incertezas nos cenários global e doméstico estão cada vez mais altas, especialmente relacionados a riscos da política fiscal no Brasil, assim, espera-se que haverá essa oscilação de “desce” e “sobe” da moeda americana.
Por final, segundo especialistas, para quem deseja comprar dólar, sugerem como referência acompanhar o Boletim Focus quando a cotação estiver abaixo da previsão do boletim, indica que a moeda está mais em conta para compra.
Fique a dica. Tenha uma ótima semana!
Cláudio Chiusoli
Professor de Administração na UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste /PR. Economista formado pela UEL. Pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR.
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Foto: Freepik
