Sim! O título deste texto quer dizer isso mesmo: os famosos algoritmos que reagem ao comportamento dos internautas nas redes sociais estão inseridos também na educação! Softwares de adaptative learning, assunto da semana passada, recolhem uma série de dados de estudantes usuários de plataformas inteligentes de ensino, armazenam-nos em nuvem por servidores de internet e, dessa forma, se tornam capazes de oferecer conteúdos personalizados, exercícios, tarefas, simulados, vídeos e jogos que atendam às necessidades dos alunos.
Isso quer dizer que a educação se adapta ao nível de dificuldades dos alunos: à medida que os desafios são cumpridos e os resultados são alcançados, conteúdos mais difíceis são liberados a fim de testar o desempenho dos alunos. É dessa forma que os aplicativos e sites contribuem para a formação e para a entrada de muitos estudantes em universidades. E por que isso ocorre? Pelo simples fato de que os conteúdos liberados atendem exatamente às dificuldades apresentadas.
Mas, atenção: o adaptative learning e suas ferramentas tecnológicas jamais substituem o contato pessoal entre professores e alunos. Ao contrário, é apenas um complemento no processo de educação. Mais um apoio e suporte que uma substituição. Até porque as plataformas inteligentes são capazes de gerar relatórios que ajudem os docentes a concentrar esforços nas deficiências do aprendizado.
O desempenho dos alunos pode ser acompanhado, ainda, por gestores das escolas e pelos pais e responsáveis. Isso tudo ajuda as instituições (escolas e família) a corrigir erros e a atender necessidades para superar as deficiências. Mas, calma! É todo um processo de adaptação de todos os envolvidos no processo educacional: alunos, professores, gestores e famílias. Se não dá para remar contra a maré, então é preciso entender e compreender esses processos para utiliza-los da melhor forma possível.
Talvez nunca aposentemos o giz, o apagador e a lousa. Entretanto, pouco a pouco a tecnologia passa a fazer parte da sala de aula e das atividades educacionais: celulares, tablets, aplicativos e plataformas inteligentes. O objetivo? Melhorar a aprendizagem e formar cada vez mais alunos de alta performance.
Foto: Pixabay
Tiago Mariano

Formado em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), pós-graduado em Ensino e História. Atualmente ministra aulas no Colégio Estadual Olavo Bilac, em Cambé, no Colégio Maxi, em Londrina, e é coordenador pedagógico da startup londrinense EducaMaker. Em 2018, foi premiado pela Google for Education (2018) com o primeiro lugar nacional no Programa Boas Práticas pela criação de um método de formação de alunos de alta performance.