Aquela dorzinha que martela…

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Cefaleia primária e secundária: saiba como diferenciar e identificar os diferentes tipos de dores de cabeça

Cefaleia é o termo médico que designa a dor de cabeça, um sintoma muito comum e que – quase – todas as pessoas sentirão em algum momento ao longo da vida.

Distinguir as cefaleias primárias, que são a própria doença, das secundárias, que são sintomas de outras enfermidades, inclusive doenças graves, como tumores, acidente vascular cerebral (AVC), trombose venosa cerebral (TVC) e meningite, é o objetivo da avaliação médica inicial.

As cefaleias primárias mais comuns são as do tipo tensional e a enxaqueca. A tensional é uma dor mais difusa, que se espalha por todo o crânio. Já a enxaqueca, é uma dor usualmente pulsátil em um dos lados da cabeça, geralmente mais intensa, às vezes acompanhada de sintomas como náusea, vômito e irritabilidade com luz e som.

Outros diagnósticos importantes são aqueles relacionados às dores faciais, em decorrência da disfunção das articulações temporal mandibular (ATM), ou paralisias dos nervos da face, que podem simular uma dor de cabeça.

Nem sempre é necessário fazer exames de imagem para obter um diagnóstico. Muitas vezes, as dores de cabeça mais comuns e de baixa gravidade são identificadas por meio de exame clínico, de acordo com os sintomas relatados pelo paciente e, em sua maioria, têm curta duração, podendo ser tratadas com analgésicos ou relaxantes musculares receitados pelo médico.

Os exames de imagem são solicitados quando há a suspeita de relação com outras doenças, como, por exemplo, quando há sinais de dor de cabeça iniciada como se fosse um raio, em pessoas com alterações visuais, que convulsionaram, que apresentaram estrabismo ocular, febre alta, alteração de consciência ou em pessoas com mais de 50 anos.

Esse é um texto informativo para que você reconheça alguns dos sinais de perigo, ou não, das dores de cabeça. No entanto, nada substitui a consulta médica, principalmente, pela importância de se ter examinado o contexto em que a dor está situada. E, lembre-se sempre: evite tomar medicamentos por conta própria, consulte sempre seu médico a qualquer sinal.

Foto: Pixabay

Simone Lucatto

Médica pela Universidade de Cuiabá e membro da equipe de neurologia do Hospital Santa Casa de Londrina.

Neurologista pela Santa Casa de Londrina

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