Osuel homenageia Gershwin em concertos nesta quinta (4) e sexta (5)

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Apresentações fazem parte da Série Conilon e acontecem no Teatro Ouro Verde

O LONDRINENSE com assessoria

A Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina (Osuel) apresentará o primeiro concerto da Série Conilon, uma celebração especial dedicada ao icônico compositor americano George Gershwin. Conhecido por integrar magistralmente a música clássica com o jazz, Gershwin foi um pioneiro que expandiu os horizontes da música do século XX, influenciando gerações de músicos ao redor do mundo. A escolha da data do primeiro concerto, nesta quinta (4), Dia da Independência dos EUA, ganha um significado especial: George Gershwin, sendo um dos mais proeminentes compositores americanos, representa perfeitamente o espírito inovador e a criatividade que caracterizam a cultura musical dos EUA. Suas composições refletem a influência duradoura dos valores americanos de liberdade e expressão artística. A segunda apresentação será nesta sexta (5). Os ingressos podem ser adquiridos on-line ou na Sonkey (ver abaixo).

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O concerto será dirigido pelo maestro convidado José Soares, Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Soares traz uma visão única e profunda das obras de Gershwin, garantindo uma interpretação rica e detalhada das composições. O pianista londrinense Marco Antônio de Almeida será o solista desta noite especial. Reconhecido por sua técnica brilhante e interpretação emotiva, Almeida promete trazer uma nova dimensão às obras de Gershwin, especialmente na execução de “Rhapsody in Blue”.

O repertório

Composta em 1924, “Rhapsody in Blue” é uma das obras mais famosas de Gershwin e um marco na música americana. A peça foi encomendada por Paul Whiteman para um concerto de música experimental, que buscava elevar o status do jazz para o nível da música clássica.

Gershwin, inicialmente relutante, acabou escrevendo a obra em apenas três semanas. A peça estreou no Aeolian Hall, em Nova York, e foi recebida com entusiasmo, marcando o início de uma nova era para a música americana. A peça é conhecida por seu famoso glissando inicial do clarinete, que se tornou um dos momentos mais icônicos da música do século XX. “Rhapsody in Blue” combina ritmos de jazz, melodias líricas e harmonias inovadoras, exemplificando a fusão do clássico com o jazz que Gershwin dominava.

Mestro convidado José Soares. Ele é regente da Filarmônica de Minas Gerais (Fotos: assessoria Osuel).

Um americano em Paris

Composta em 1928, esta obra é uma das mais evocativas de Gershwin. Inspirado por suas viagens a Paris, Gershwin quis capturar a essência da cidade e a experiência de um americano explorando suas ruas movimentadas e cultura vibrante. A peça é notável por seu uso de elementos do jazz e da música popular americana, entrelaçados com a tradição orquestral europeia. “Um Americano em Paris” estreou no Carnegie Hall, em Nova York, e foi recebida com entusiasmo tanto pela crítica quanto pelo público. A obra se distingue por sua orquestração colorida e seu ritmo dinâmico, que inclui o uso de buzinas de táxi parisienses, criando uma atmosfera autêntica e encantadora. A narrativa musical segue um turista americano caminhando por Paris, vivenciando a agitação da cidade, a serenidade de seus parques e o charme de suas avenidas.

Simplesmente Gershwin

Pianista Marco Antônio de Almeida, que se apresenta com a Osuel nestas quinta (4) e sexta-feira (5).

Nesta estreia mundial, a Osuel apresenta uma nova obra do trompetista e compositor brasileiro Marlon Humphreys-Lima. “Simplesmente Gershwin” é uma homenagem vibrante ao legado do compositor americano, incorporando temas icônicos como “Someone To Watch Over Me”, “SummerUme” e “I Got Rhythm”.

Cada um desses temas reflete diferentes facetas da genialidade de Gershwin. “Someone To Watch Over Me” é uma canção de amor clássica e melódica; “Summertime”, da ópera “Porgy and Bess”, é um dos exemplos mais belos do lirismo de Gershwin; e “I Got Rhythm” é um tour de force rítmico que demonstra sua habilidade em criar música cativante e enérgica. Humphreys-Lima utiliza esses temas para tecer uma tapeçaria musical que homenageia a versatilidade e a influência duradoura de Gershwin na música mundial.

José Soares

Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2022, tendo sido seu Regente Assistente nas duas temporadas anteriores. Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio (2021), recebendo os prêmios do júri e do público na competição.

Iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou Regência Orquestral com o maestro Claudio Cruz, em um programa regular de master classes em parceria com a Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo. Participou como bolsista nas edições 2016 e 2017 do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, sendo orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich. Recebeu, nesta última, o Prêmio de Regência, tendo sido convidado a atuar como regente assistente da Osesp em parte da temporada 2018, participando de um Concerto Matinal a convite de Marin Alsop.

Foi aluno do Laboratório de Regência da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo convidado pelo maestro Fabio Meches a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Em julho desse mesmo ano, teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin, como parte do programa de Regência do Festival de Música de Parnü, Estônia. Ao final de 2021, recebeu o prêmio da crítica da Revista Concerto na categoria “Jovem Talento”. No Japão, regeu as orquestras Sinfônica NHK de Tóquio, New Japan Philharmonic, Sinfônica de Hiroshima e Filarmônica de Nagoya. Conduziu também a Osesp e a MÁV Symphonie Orchester em Budapeste.

Soares é Bacharel em Composição pela Universidade de São Paulo. Em 2024, conduziu a Orquestra de Câmara de Curitiba e tem concertos agendados com as sinfônicas Jovem de São Paulo e do Rio Janeiro, com a Sinfônica do Paraná, junto ao Balé do Teatro Guaíra.

Marco Antônio de Almeida

Londrinense, após completar o curso de Medicina foi bolsista do governo alemão na
Hochschule fuer Musik und Theater em Hamburgo, onde terminou seus estudos de pós-graduação. Premiado em vários concursos internacionais: Gina Bachauer (USA), Gulbenkian (Portugal), Vios (Italien), foi solista de importantes orquestras: Berlin, Budapest, Caracas, Santiago do Chile, Göteborg, Hamburg, Köln, Montevideo, Roma, São Paulo e importantes orquestras nacionais. Gravou em quase todas as rádios europeias e tocou com regentes como Moshe Atzmon, Heribert Beissel, Michael Gielen, Isaak Karabchevsky, Michail Jurowski, John Neschling e Gustavo Dudamel.

No Brasil, tocou sob a regência de Norton Morozowicz, Osvaldo Colarusso, David Machado, Aylton Escobar e Alessandro Sangiorgi, entre outros. Entre seus companheiros de música de câmara registramos o violinista Kolya Blacher, o baritono Tom Krause, Antonio Menezes, o contrabaixista Ludwig Streicher, Auryn String Quartet, assim como o Moscow Wind Quintet.

Como intérprete de Mozart participou dos principais festivais alemães como: Augsburger Mozarest, Kissinger Sommer, Klavierfestival Ruhr, Schwetzinger Festspielen, Würzburger Mozarest e Schleswig-Holstein Musikfestival, tendo gravado em CD o citado compositor com a Orquestra da Câmara Filarmônica de Berlim. Seus CDs são lançados pela BMG/Arte Nova e Klavier Records (USA). É Professor Catedrático na Hochschule für Musik und Theater Hamburg assim como na Martin-Luther-Universität Halle-Wizenberg.

Concerto da Orquestra Sinfônica da UEL – Série Conilon
Data: 4 e 5 de julho;
Horário: 20h30;
Local: Cine Teatro Ouro Verde;
Ingressos: compre on-line ou na loja Mundomax – Unidade Sonkey.

Foto principal: Arquivo/Osuel

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