Por Fábio Luporini
Eu caí de patins. Tragédia anunciada. É o que eu sempre digo para os meus amigos e compadres: depois de certa idade, tem coisas que a gente não pode mais fazer. O resultado? Um pequeno ralado no joelho e o osso rádio trincado na altura do pulso. Isso significa que o braço vai ficar imobilizado por, pelo menos, um mês. Mas, o que isso pode trazer de lição para nós? Que coisas devemos aprender com as situações inusitadas e tristes que acontecem em nossa vida? A filosofia sempre tem espaço para essas reflexões.
Em primeiro lugar, é preciso aprender a empatia, uma palavra que vem do grego “empatheia”, que significa a capacidade de se colocar no lugar do outro, principalmente, no sentido de compreender os sentimentos e as emoções. Entretanto para, de fato, colocar-se no lugar do outro, é preciso fazer um exercício ainda maior. Obviamente, não é necessário imobilizar o braço durante um mês. Muito embora isso ajude a colocar-se no lugar das pessoas que vivem desde sempre, ou a partir de determinado momento, sem o apoio de um dos braços.
Não é fácil! Fazer tudo o que você está acostumado a fazer com os dois braços, mas, agora, apenas com um, é o mesmo que aprender tarefas básicas do dia-a-dia, as quais você já estava acostumado. Todavia, isso deve nos abrir os olhos para poder enxergar as necessidades de pessoas que tem restrições na mobilidade, por exemplo. E, assim, poder projetar espaços e produtos adaptados voltados a pessoas com necessidades.
Promover empatia vai além de se colocar no lugar do outro. A empatia nos estimula a trabalhar pelo outro, através do olhar dele. E, com isso, vêm junto o crescimento pessoal e, acima de tudo, a compaixão. Nesse sentido, é preciso estar atento a pelo menos três tipos de empatia: cognitiva, emocional e compassiva. A cognitiva se refere, de fato, à ideia de se colocar no lugar das necessidades físicas do outro. A segunda, das necessidades emocionais. E a terceira, a perceber que o outro precisa de ajuda e colocar-se à disposição.
Você tem empatia? O que é ou foi preciso acontecer para que você despertar simpatia?

Fábio Luporini
Sou jornalista formado pela Universidade Norte do Paraná e sociólogo formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) . Fui repórter, editor e chefe de redação no extinto Jornal de Londrina (JL), atuei como produtor na RPC (afiliada da TV Globo), fundei o também extinto Portal Duo e trabalho como assessor de imprensa e professor de Filosofia, Sociologia, História, Redação e Geopolítica, em Londrina.
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