“Existe mais filosofia numa garrafa de vinho que em todos os livros” (Louis Pasteur, cientista francês)
“O Banquete” é um livro escrito por Platão por volta de 380 a.C.. Em forma de diálogos cujo personagem principal é seu mestre Sócrates, considerado hoje o mais importante filósofo da história, a narrativa discute de forma central a natureza e as qualidades do amor. Não é esse o tema desta coluna, entretanto. Vamos, na realidade, falar sobre um assunto coadjuvante neste cenário, mas de extrema importância e sem o qual, talvez, as filosofias não tivessem sido filosofadas.
O sábio cientista francês Louis Pasteur definiu em poucas palavras, no século XIX, o que os filósofos gregos já sabiam há cerca de 2,5 mil anos: o vinho impulsiona a filosofia. E sabe por que? Pelo simples fato de que o nome do livro referido no início deste texto se deu justamente pelo que significa: um verdadeiro banquete regado a muito vinho! Sim! As grandes teorias filosóficas do mundo antigo e que chegaram até o mundo contemporâneo foram filosofadas à base etílica.
Vinho e filosofia, portanto, andam de mãos dadas. Obviamente há limites. O próprio Platão, noutro momento, ao se referir às leis de uma cidade ideal, impunha sanções à bebida, estabelecendo a linha tênue entre a sobriedade e a bebedeira. Mesmo assim, considerava o vinho muito importante para a sociedade. Os primeiros registros de vinho na Grécia datam de 2,5 mil anos a.C., embora a bebida já existisse, tendo sido encontrada em jarros de cerâmica cerca de 5,4 mil anos a.C..
E hoje? Quem nunca filosofou à beira de um bom cabernet sauvignon? Ou então degustando um malbec encorpado acompanhado de um excelente churrasco? À beira da praia ou da piscina, degustando um sauvignon blanc ou um frutado chardonnay? Sim, o vinho continua sendo propício às filosofias da vida, ao pensamento, às reflexões. Para ser melhor, boas companhias sempre ajudam. Apesar de que eu, particularmente, considero o vinho a melhor companhia!
De todo jeito, em volta de uma boa taça de vinho amizades se fortalecem, lágrimas se enxugam, dores passam, amores se amam. E assim por diante. Aliás, que tal abrirmos uma garrafa agora?
foto: Pixabay
Fábio Luporini
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Sou jornalista formado pela Universidade Norte do Paraná e sociólogo formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) . Fui repórter, editor e chefe de redação no extinto Jornal de Londrina (JL), atuei como produtor na RPC (afiliada da TV Globo), fundei o também extinto Portal Duo e trabalho como assessor de imprensa e professor de Filosofia, Sociologia, História, Redação e Geopolítica, em Londrina.