Transformers: O Início – Uma nova faísca na franquia?

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Por Marcelo Minka

Vamos ao texto da semana com a desgastada franquia Transformers. Marcada por explosões espetaculares e robôs gigantes se transformando em veículos, a franquia ganha um novo capítulo com “Transformers: O Início”.

Desta vez, a Paramount Pictures nos convida a uma jornada pelas origens da épica batalha entre Autobots e Decepticons, abandonando, ao menos por enquanto, as batalhas campestres na Terra e mergulhando de cabeça no planeta natal dos Transformers, Cybertron.

A animação, com um visual impecável que honra o legado da franquia e ao mesmo tempo traz uma estética diferente, é um dos grandes destaques do filme. As sequências de ação, com batalhas épicas entre os robôs, são coreografadas de forma magistral, proporcionando uma experiência visual interessante. A trilha sonora, por sua vez, complementa a atmosfera épica do longa, intensificando as emoções em cada cena. Deixando claro que, sim, é uma animação, e com cara de animação japonesa, do tipo Jaspion contemporâneo.

Mitologia dos Transformers

Transformers: O Início é uma animação divertida, mas com fragilidades gritantes. No entanto, deve agradar os fãs da franquia

E, nem tudo são flores. O roteiro é onde o filme apresenta suas maiores fragilidades. A tentativa de explorar a mitologia dos Transformers e aprofundar a relação entre Optimus Prime e Megatron, os dois protagonistas da história, acaba sendo prejudicada por um ritmo narrativo acelerado e diálogos pouco inspirados. A jornada de transformação dos antigos amigos em inimigos, embora seja o ponto central da trama, não é desenvolvida com a profundidade que o tema exige.

Os personagens, por sua vez, são apresentados de forma caricata, com pouca complexidade psicológica. Em alguns momentos temos a sensação de estarmos dentro de uma sala de aula da quarta série primária.

Optimus Prime, o líder dos Autobots, é retratado como um herói idealizado e incorruptível, enquanto Megatron, o líder dos Decepticons, é o vilão clássico, sedento por poder. Essa dicotomia maniqueísta, embora seja comum em histórias de origem, acaba limitando o potencial dramático dos personagens.

Mas nem tudo são espinhos. “Transformers: O Início” é um filme que vai agradar aos fãs da franquia. A animação impecável e as sequências de ação espetaculares são, sem dúvida, os pontos altos do filme. Em suma, a Paramount Pictures acertou ao apostar em uma animação de alta qualidade e em um visual épico.

Fotos: Divulgação

Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas. Me siga no Instagram: @marcelo_minka e @m_minka_jewelry

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