Branca de Neve: uma releitura contemporânea do clássico

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Por Marcelo Minka

“Branca de Neve”, a nova adaptação em live-action da Disney, chega aos cinemas brasileiros com a promessa de revitalizar um conto de fadas icônico para o público moderno. Dirigido por Marc Webb (O Espetacular Homem Aranha 2 – 2014), o filme se distancia da animação original de 1937, buscando uma abordagem mais atualizada e relevante, mostrando uma princesa mais empoderada e com opiniões próprias, sem depender de príncipe para se sentir realizada.

Rachel Zegler, que ganhou destaque em Amor, Sublime Amor (2021), assume o papel da protagonista, oferecendo uma Branca de Neve com nuances de força e independência, afastando-se da imagem da donzela em perigo. Gal Gadot, por sua vez, entrega uma Rainha Má carismática e complexa, explorando as motivações da vilã além da simples inveja. Ambas apresentando boas atuações.

O roteiro, assinado por Greta Gerwig e Erin Cressida Wilson, busca equilibrar a essência do conto original com elementos contemporâneos, introduzindo novos personagens e expandindo o universo da história. A trilha sonora, com canções originais compostas por Pasek & Paul (La La Land – 2016), adiciona uma camada emocional à narrativa.

A fotografia, a cargo de Mandy Walker, conhecida por seu trabalho em Elvis (2022), captura a beleza exuberante do cenário, contrastando a pureza da floresta com a opulência sombria do castelo da Rainha Má. A direção de Webb se destaca pela forma como mescla elementos de fantasia e realismo, criando um universo mágico e crível ao mesmo tempo.

O clássico da Disney em live-action chega aos cinemas com uma Branca de Neves "modernizada". O filme, que busca dialogar com novas gerações, pode gerar debates
Fotos: Divulgação

Polêmicas de Branca de Neve

A grande polêmica do filme é que, em vez de anões tradicionais, a produção do filme apresentará criaturas mágicas de diversas formas e tamanhos, criadas com efeitos visuais de última geração. A ideia é que esses personagens representem a diversidade da comunidade mágica que habita a floresta encantada. Ou seja, os anões seriam duendes.

A decisão da Disney de não escalar atores com nanismo gerou críticas de alguns setores, que argumentam que a medida exclui uma comunidade que já é sub-representada na mídia. Alguns críticos de cinema também apontam que a decisão de tornar os anões em personagens de computador, retira a essência dos personagens.

Polêmicas à parte, Branca de Neve se apresenta como um filme que busca dialogar com as novas gerações, oferecendo uma releitura do clássico que celebra a diversidade e a força feminina. Uma obra que pode gerar debates e reflexões sobre o feminino na cultura contemporânea.

Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas. Me siga no Instagram: @marcelo_minka e @m_minka_jewelry

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