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Crônicas Sustentáveis: O ar que respiramos

Por professor Renato Munhoz

Ao abrir a janela, sentimos o ar quente e seco que invade nossas casas, um lembrete constante de que algo está diferente. As chuvas que costumavam refrescar e trazer vida aos nossos quintais tornaram-se raras, e o céu, que outrora exibia um azul vibrante, agora é muitas vezes coberto por uma névoa causada pelas queimadas que se alastram pelo país. A baixa umidade do ar é sentida na pele, nos olhos, nos pulmões. Estamos vivendo os efeitos da mudanças climáticas em nosso cotidiano, e a realidade é que esses fenômenos não são apenas “coisas da natureza”, mas consequências diretas das escolhas que fazemos.

As mudanças climáticas estão acelerando o ritmo de eventos extremos, como longos períodos de seca e temperaturas elevadas, que, por sua vez, tornam as florestas mais vulneráveis às queimadas. Esses incêndios não só destroem ecossistemas inteiros, mas também afetam diretamente a qualidade do ar que respiramos, aumentando a incidência de doenças respiratórias, como asma e bronquite, além de agravar problemas cardíacos. A ausência de chuvas e a baixa umidade do ar intensificam esse cenário, impactando ainda mais a nossa saúde e bem-estar.

Pelo ar que respiramos

Diante desse quadro preocupante, fica claro que precisamos mudar de atitude. Não podemos mais ignorar os sinais evidentes de que a nossa relação com o meio ambiente está fora de equilíbrio. É urgente que políticas públicas robustas sejam implementadas para combater as causas e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Organizações e empresas também devem assumir sua parcela de responsabilidade, adotando práticas mais sustentáveis e reduzindo suas pegadas de carbono.

Mas a mudança não pode vir apenas de cima. Cada um de nós, como cidadãos, tem um papel fundamental nesse processo. Pequenos gestos, como economizar água, reduzir o consumo de energia e apoiar iniciativas ambientais, fazem parte de um esforço coletivo para frear a degradação ambiental. Precisamos entender que a saúde do planeta está diretamente ligada à nossa saúde. Não podemos esperar por um futuro melhor se continuarmos a agir como se o presente não importasse.

Portanto, que estejamos todos dispostos a agir, a repensar nossas escolhas diárias e a exigir medidas concretas de quem está no poder. Somente com um esforço conjunto, que envolva governos, empresas e cidadãos, conseguiremos minimizar os impactos das mudanças climáticas e garantir um futuro mais saudável e sustentável para todos. O momento de agir é agora. O ar que respiramos — e o futuro que desejamos — depende disso.

O ar seco e cheio de poeira e fumaça é lembrete constante que algo está diferente em nossas vidas. E que precismos agir agora para minimizar os efeitos das mudanças climáticas

Professor Renato Munhoz

Educador, historiador, teólogo. Pós graduado em juventude gestão de programas e projetos sociais e educação ambiental. Me siga no Instagram: @profrenatomunhoz

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(*) O conteúdo das colunas não reflete, necessariamente, a opinião do O LONDRINENSE.

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