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Cap. 3 – 1ª Temporada: o reconhecimento é a cola das relações!

Por Felipe José

Nossa, com é bom estar com vocês mais uma vez! Espero que estejam todos bem e bora ler o nosso 3º capítulo da história do Miguel, um representante comercial que aos poucos está construindo seu caminho utilizando, mesmo que sem saber, ténicas poderosas de newtorking estratégico para alavancar suas vendas.

Para relembrarmos, no primeiro capítulo Miguel descobre o poder da ajuda mútua e o sentimento de gratidão nos negócios. Já no segundo, ele compreende que ser intencional em ajudar o outro sem esperar nada em troca é o segredo para concretizar esse sentimento de gratidão no outro.

Na sua rotina de representante comercial, como é na rotina de muitos (se não de todos), Miguel sempre foi muito gentil com as pessoas à sua volta, desde a funcionária da limpeza até o dono das fábricas e distribuidores que atende, não media esforços para ver a pessoa sorrir. Uma hora levava um bolo aos funcionários dos seus clientes, outra hora era um chocolate, fazia  campanhas de vendas com os funcionários dos seus clientes, patrocinado por ele mesmo, cujos prêmios eram viagens com acompanhante para o resort próximo de onde morava. Enfim, fazia de tudo para ter pessoas felizes ao seu redor.

Um dia, sentado na recepção de um cliente, aproveitou para dar uma olhadinha nas suas redes sociais. Rolando as páginas da rede social, ele se depara com uma foto do seu cliente segurando um troféu e uma medalha de campeão de uma corrida de carros. Achou interessante, mas continuou a rolar a página e assim foi.

Algumas semanas depois, sentado à mesa almoçando com um outro representante, ele toma conhecimento que aquele cliente (o mesmo que viu com o troféu de campeão nas redes sociais) fazia um trabalho voluntário numa creche, doando um valor em dinheiro mensalmente e ajudando na administração do local sem cobrar nada. Achou muito legal da parte do client e pos-se a pensar um instante, mas logo continuou o almoço.

Chegando para atender esse cliente, algumas semanas depois, a secretária o informou que ele não estava. Num lampejo de memória, Miguel juntou o que viu na rede social, com a informação da creche e ligou para o seu cliente. Numa conversa despretensiosa, aquela famosa “ligadinha para ver se está tudo bem”, Miguel descobre que o seu cliente está lá na creche no momento da ligação. Ele guarda essa informação para si e tem uma ideia.

Passaram-se alguns meses e a empresa que Miguel representa o convida para participar da convenção de vendas que reuniria todos os representantes do Brasil. Nessa convenção, eles deixaram cada representante convidar um cliente para participar junto e o representante poderia apresentar seu cliente/parceiro para todos os que ali estavam. Miguel não pensou duas vezes, chamou seu cliente que fazia o trabalho voluntário na creche! Imediatamente, ele aceitou, afinal, seriam 3 dias de convenção num resort no nordeste.

Já no local do evento, no momento que os representantes subiam ao palco junto com seu cliente para apresenta-lo, cada um falava do seu. Dentre todos os representantes, sem exceção, as falas eram do tipo: “Esse é meu cliente, maior distribuidor do estado do Pará”; o outro, “Esse é meu cliente, que tem mais de 2.000 funcionários na sua fábrica no Goiás”; outro, “Esse é meu cliente que cresceu 56% no último ano”. Enfim, todos destacaram seus clientes por seus resultados, afinal, aquele era um momento onde o ego estava “cheio”!

Reconhecimento

No momento que Miguel subiu com seu cliente, ele tinha 1 minuto para falar, não havia combinado nada com o cliente, ele fala: “Esse é meu cliente, que participa de provas de corrida beneficentes para ajudar crianças que precisam de apoio, um competidor que, quando ganha, doa seu prêmio para instituição de caridade, doa um valor mensal para uma creche de crianças com necessidades especiais, além de dedicar alguns dias do seu mês para ir lá e ajudar a creche sem cobrar nada. Além disso, é o meu cliente que mais admiro pela bondade e humanidade que consigo perceber.”

Miguel termina a sua frase, olha para o seu cliente que está sem saber o que falar, a platéia está em silêncio, e cerca de 30 segundos depois todos se levantam para bater palmas. Eles descem do palco e seu cliente fala:

                – Eu nunca achei que alguém pudesse se atentar a isso! Coloco algumas informações nas minhas redes sociais, mas praticamente não tenho curtidas. As pessoas que estão à minha volta não se importam muito com isso, umas até falam que eu sou maluco de deixar minha empresa alguns dias do mês para ir na creche! Mas eu gostaria de dizer que esse foi, talvez, o dia em que mais ganhei força para continuar o que estou fazendo! Muito obrigado, Miguel!

Bem, daquele dia em diante, não à toa, os dois se aproximaram muito, passaram a construir uma relação de confiança muito mais forte, com Miguel até ajudando uns dias na creche e, por consequência, as vendas do Miguel ficaram mais sólidas dentro daquele cliente!

Sem contar que todos que estavam naquela convenção perceberam no Miguel algo que nem ele mesmo sabia que poderia ser tão forte, seu poder de reconhecimento.

O reconhecimento é a cola das relações! Multiplicar para os outros as conquistas daqueles que estão à nossa volta é aumentar sua visibilidade, o que deixa a pessoa com ainda mais força de vontade para continuar a crescer e se movimentar. Não precisamos esperar grandes feitos das pessoas do nosso lado para reconhecermos, comemore e multiplique as pequenas vitórias, as pequenas conquistas, valorize o caminho de quem está com você. Dessa maneira tenho certeza que suas relações ficarão ainda muito mais forte!

Felipe José

O reconhecimento é a cola das relações! Multiplicar para os outros as conquistas daqueles que estão à nossa volta é aumentar sua visibilidade, o que deixa a pessoa com ainda mais força de vontade para continuar a crescer e se movimentar

Formado em Administração, pós-graduado em Gestão Comercial, Executive Director Sales, Diretor regional do BNI – Business Networking International.

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(*) O conteúdo das colunas não reflete, necessariamente, a opinião do O LONDRINENSE.

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Foto principal: Freepik

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