Na programação, expoentes do teatro do Brasil e exterior com espetáculos disponíveis no canal Youtube da produtora, gratuitamente, nos dias 26, 27 e 28 de janeiro
O LONDRINENSE com assessoria
A Palipalan Arte e Cultura comemora 10 anos e faz isso com uma mostra on-line de teatro, com 11 espetáculos e mais depoimentos de amigos e parceiros disponíveis no canal YouTube da produtora, da zero hora do dia 26 até às 23h59 do dia 28 de janeiro. O evento traz um recorte de alguns espetáculos e coletivos que construíram a trajetória da Palipalan Arte e Cultura e que representam a atuação dela ao longo dessa última década, onde a tradição e a vanguarda se entrelaçam e se complementam no tecer de uma rede resistente e insistente.
A programação, totalmente on-line e gratuita, traz espetáculos do Odin Teatret (Dinamarca) com “Sonho de Andersen”, Granhøj Dans (Dinamarca) com “Petrushcka Extended”, Open Program/ Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas Richards (Itália) com “Dies Iræ – O Espetáculo Absurdo do Teatro Interior” e “I Am America”, Teatro Potlach (Itália) com “La Dolce Vita”, OpenLab Company (Itália) com “Natura Sonoris”, Aesop Studio (Itália/Alemanha) com “Holstebro Festuge”, Kiknteatr (Bolívia) com “155 Y Contando”, Mariana Percovich (Uruguai) com “Algo de Ricardo” e dos brasileiros Alexandre Dal Farra, com “Refúgio” e Michele Ferreira, com “Castor y Pólux, Uma Constelação”. A Palipalan tem uma filial em Londrina e é a idealizadora da CICLO – Circuito de Artes e Conceitos de Londrina, um festival multicultural que em dezembro realizou a ação Sedentos, com a presença de Mario Biagini e atores de cinco países trabalhando com artistas locais.
De acordo com Maria Fernanda Coelho e Patricia Braga Alves, sócias na Palipalan, a produção é uma arte. “Pensamos sempre num palco aberto onde acolhemos grupos, artistas inovadores e tradicionais, investigadores; trabalhadores múltiplos e controversos; sólidos e altamente profissionais. A realização da Mostra Palipalan 10 anos nasce com a intenção de refletir a arte em nosso tempo. Um tempo de guerra. Os espetáculos de coletivos e/ou artistas com os quais já trabalhamos e que, de uma forma ou de outra, seguem conosco. Seguem inquietos. Seguem artistas”, afirmam. A Mostra Palipalan 10 anos tem a finalidade de aglutinar novas e antigas tendências mundiais nas áreas das artes cênicas em um microcosmo cultural e múltiplo, como os caminhos da arte que refletem as transformações históricas da humanidade.
Além dos espetáculos, o público também poderá assistir depoimentos de pessoas ligadas à história da Palipalan Arte e Cultura, amigos e parceiros do Brasil, Itália e Dinamarca com a falas emocionantes de Eugenio Barba, diretor Odin Teatret; Julia Varley, atriz do Odin Teatret , Mario Biagini, diretor associado do Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas Richards, Pino di Buduo, diretor Teatro Potlach, Nathalie Menta, atriz Teatro Potlach, Daniela Regnoli, atriz Teatro Potlach, Maria Tendlau, orientadora de Arte Dramática do Teatro da USB, atriz e diretora do Coletivo Bruto, Mary Raquel Balekian, iluminadora e coordenadora técnica e João Ribeiro, produtor. Todo o conteúdo da Mostra também pode ser acessado através do site www.palipalan.art.br. A Mostra Palipalan Arte e Cultura 10 anos é um projeto realizado com apoio da Lei Federal Aldir Blanc, através do Edital Proac Expresso LAB da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.
Os espetáculos
Todos os espetáculos serão exibidos simultaneamente e ficam disponíveis das 00h00 do dia 26/01 até às 23h59 do dia 28/01, no canal YouTube da Palipalan Arte e Cultura (https://www.youtube.com/c/palipalanarteecultura).
155 Y CONTANDO
Kiknteatr (Bolívia)
A força que a luta para se sustentar e para sustentar o que se quer (e o que se quer alcançar) requer o que se quer (e o que se quer alcançar), exige todo tipo de estratégias. Às vezes com sucesso, outras nem tanto… “155 Y CONTANDO (BATMAN)” é o relato pessoal de alguém em tal situação, alguém com tudo para alcançar o que quer alcançar. Em tal situação, alguém com tudo para alcançar o que se propõe a fazer, custe o que custar. Como você continua sendo quem você tem que ser no dia-a-dia, quando o que é mais valioso na vida está em risco?
Texto e direção por Diego Aramburo
Com Patricia García e Jorge Alaniz
Foto: Sergio Alavi
ALGO DE RICARDO
Mariana Percovich (Uruguai)
Obra do dramaturgo uruguaio Gabriel Calderón inspirada no poderoso texto Ricardo III de William Shakespeare, dirigido por Mariana Percovich. A versão objetiva visitar os mecanismos do poder contemporâneo, as relações do ator com o espectador e do teatro com seu público. A partir da revisão tanto da prosa como do verso, dos mecanismos de representação do teatro isabelino e do olhar que o gênero tem sobre os personagens, vamos conhecendo o ator que convidaram para protagonizar Ricardo III e que, como o famoso personagem de Shakespeare, encontra muitos obstáculos para atingir suas metas.
Ficha Técnica
Ator: Gustavo Saffores
Direção: Mariana Percovich
Dramaturgia e versão: Gabriel Calderón
Dramaturgia visual: Miguel Grompone
Cenografia, vestuário e luzes: Gerardo Egea
Produtor: Adrián Minutti
Distribuição: MENTA
Distribuição no Brasil: Palipalan Arte e Cultura
CASTOR Y PÓLUX, Uma Constelação
Michele Ferreira (Brasil)
Sinopse: Uma constelação. Peça que se passa nos dias atuais, mas que é uma espécie de seta apontada para o futuro. Três personagens que buscam, nos dias finais da vida sobre a Terra, saída para algum lugar no qual possam continuar a viver, ao mesmo tempo que pretendem esclarecerem entre si suas relações mal resolvidas de uma vida inteira. A equipe conta que iniciou os estudos a partir dos mitos de Caim e Abel e de Castor e Pólux e temas em comum e caros surgiram durante o processo: a relação fraterna como organizadora da noção do “eu” – o outro que se assemelha e se diferencia e que gera amor e ódio; a dominação e o descolamento do homem da natureza – monocultura versus permacultura; a situação de paralisia e lacunar de espaço e tempo – entre passado e futuro – em referência à filósofa Hanna Arendt; e, o retorno e ascensão no mundo de regimes, governos e pensamentos autoritários e retrógrados. O projeto se debruça em reflexões formais e de conteúdos sobre um momento de mundo – também no que se refere ao isolamento imposto pelo COVID-19 – em que todos estamos voltados: a necessidade de mudanças de perspectiva de humanidade e a possibilidade da extinção dos seres humanos no planeta. Partindo da reflexão de Freud sobre as três feridas narcísicas da humanidade, que nos foram infringidas por Copérnico, Darwin e pelo próprio Freud, o presente projeto põe em cena personagens que tem ressonâncias com figuras bíblicas e mitológicas. No entanto, os coloca em um momento atual, misturados às pesquisas de ponta sobre fotossíntese e tecnologia, e em um intrincado jogo de relacionamentos humanos entre irmãos e amores mal resolvidos do passado. Em meio a esse emaranhado humano surge o momento crucial: o que fazer em meio ao final dos tempos? Como sairemos dessa enrascada? O roteiro e direção de Michelle Ferreira apontam para uma linguagem híbrida – entre teatro, cinema e videoarte – que intensifica a sensação de final dos tempos e engendra à trama um tom frenético, poético e de horror. A inserção das imagens sublimes e grandiosas do videoartista ítalo-alemão Stefano Di Buduo, potencializam e contrapõem às imagens captadas pelos atores em suas residências e suas participações ao vivo, criando assim, uma atmosfera que caminha no limite entre o absurdo e o real. Tudo isso se junta à história que se passa com os personagens tendo que resolver dois dos maiores enigmas da humanidade: como desenvolver fotossíntese por nós mesmos? O que fazer quando a Terra chegar no seu limite?
FICHA TÉCNICA
Texto: Paula Autran
Roteiro e direção: Michelle Ferreira
Elenco: Fernanda Viacava, Henrique Schafer e Paulo Barcellos
Produção Executiva: Maria Fernanda Coelho e Patrícia Braga Alves
Vídeoarte: Stefano Di Buduo
Sonoplastia: Aline Meyer
Montagem e transmissão: Alexandre Simão
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Projeto Gráfico: Natália Lemos
Realização: Palipalan Arte e Cultura
Drama – 40 minutos – Recomendação etária: 16 anos
DIES IRÆ – THE PREPOSTEROUS THEATRUM INTERIORIS SHOW
Open Program – Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas Richards (Itália)
“Dies Iræ – o espetáculo absurdo do teatro interior”, apresentado de 2003 a 2006, e criado no Theater des Augenblicks (Viena, Áustria), inclui textos de T.S. Eliot e F. Kafka, e escritos da tradição gnóstica, com cantos gregorianos e chineses. Um homem abre seus olhos no palco do seu mundo interior. No escuro, duas figuras aparentemente concretas ganham vida. Unidos por uma comédia absurda, procuram uma resposta, tentando de realizar uma tarefa que lhes foi dada. Esta aventura poderia ser também uma cruel investigação sobre a dúbia essência da arte teatral. Estes fantasmas formam uma companhia teatral com uma ideia de arte muito singular. Os atores do drama que se desenrola dentro do homem seguem uma liturgia. Onde se esconde a sua alma? A cada dia, uma loteria casual para encontra-la. É possível que a escolha se transforme no recipiente de uma força redentora? Essa tentativa grotesca morrerá ou alçará voo?
Duração: 80 min. Class. Indicativa: 14 anos
Com: S. Amiar; G. P. Ang; C. Berthe; M. Biagini; M. Gregory; E. Poggelli; J. Porkola; J. Riegels Wimpel; P. H. Tan; F. Torrent Gironella.
Direção: M. Biagini e T. Richards.
Dies Iræ foi realizado no Tracing Roads Across, com apoio do Programma “Cultura 2000” da União Européia, capitaneado pelo Theater des Augenblicks.
Duração: 79”. Em inglês, legendas em português.
Filmado no CSRT de Pontedera, em abril de 2006.
Realizado por uma equipe de filmagem chefiada por Jacques Vetter, 2006.
Produção: Tarmak Films, França.
HOLSTEBRO FESTUGE
AESOP Studio (Itália/Alemanha)
Palavras de Stefano Di Buduo: “Em 2011, Eugenio Barba pediu ao Estúdio Aesop que registrasse a participação do Odin Teatret no Holstebro Festuge, com película de cinema. Filmamos cada evento do Festival e produzimos um vídeo para cada dia. Agora, para o 50º aniversário do Odin Teatret, Eugenio me pediu que reeditasse meus vídeos e fizesse um filme a partir dele. Iniciado em 1989 para celebrar o 25º aniversário do Odin Teatret, o Holstebro Festuge mistura instituições oficiais locais e organizações de base com artistas e grupos de teatro estrangeiros em um processo teatral que dura nove dias e nove noites. Ele acontece a cada três anos com o Odin Teatret como principal motor artístico e coordenador. O que torna o Holstebro Festuge especial é que os habitantes não são apenas o público, mas participam ativamente através de seu próprio trabalho e de seus interesses recreativos. A ideia básica é reunir vários meios locais que normalmente não interagem, estabelecendo colaborações e projetos inovadores mútuos que são surpreendentes e podem ser vistos como expressões de desempenho organizado. Clubes esportivos, instituições culturais e educacionais, igrejas e seus paroquianos, minorias étnicas e religiosas, as associações militares, empresariais e comerciais, hospitais e casas de repouso – mais de 100 mil participam de múltiplas atividades inter-relacionadas dentro de uma estrutura teatral criada pelo Odin Teatret e artistas convidados”.
I AM AMERICA
Open Program – Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas Richards (Itália)
Apresentado de 2009 a 2015, “I Am America” (Eu Sou América) é uma das obras do “Ciclo Ginsberg” do Open Program. A filmagem mostra uma versão de 2014: uma alegre ópera rock que explora o mito e as sombras dos EUA por meio dos poemas de Allen Ginsberg, musicados pelo Open Program. Escute: “…se você voltar para trás, de Blake a Paracelso e Plotino e Jakob Böhme, ainda mais para trás até Pitágoras, para trás, até aqueles dias, até os mistérios de Eléusis e os mistérios dionisíacos, os cultos dos mistérios, até o Oriente Médio, para atrás até a fonte de tudo isso – você chega a mesma fonte…” mas tão rapidamente as palavras novas nascem por cima das velhas, história empilhada sobre história, que a memória da fonte se acha enterrada. Entretanto, uma força subterrânea rola e atravessa os livros de história: um torrente escavando a rocha, a poesia. E a memória se perpetua nos cantos dos poetas. Acordo em uma cidade. Um poeta me vê e canta, me chama: América. E uma fogueira de visões se transforma em canto, novas palavras nascidas em cima das antigas. Olha, no meu rosto iridescente, tenho um milhão de olhos e milhões de mãos. Hoje, ao alvorecer de um novo dia, te ofereço a minha profecia de um amanhã nascente.
Com: M. Biagini, L. Bricken, R. Gentien, A. Kazimierska, F. Marcelli, O, Maxo, A. T. Rodriguez, G. Sena da Silva, S. Serrat. Direção: M. Biagini. Textos de Allen Ginsberg © Allen Ginsberg Trust, usados com a permissão de The Wylie Agency LLC.
Tradução: Claudio Willer.
Duração: 70”. Em inglês, legendas em português.
Introduzido por A. Kazimierska, F. Marcelli e G. Sena Da Silva.
Filmado em 2014 no Workcenter, Pontedera, por A. Lariccia, G. Cracco, F. Pisani, P. Pivetti e R. de Zordo.
Edição: N. Hendrickson.
Produção: Fondazione Teatro della Toscana
LA DOLCE VITA
Teatro Potlach (Itália)
Um espetáculo multidisciplinar original e inédito, que tem origem na realidade mundana da segunda metade do século passado, representada na grande tela pelo cineasta Federico Fellini. Inspirados pelas visões do gênio italiano, situações e personagens que agora fazem parte de nossos arquétipos culturais voltam à vida, graças à ação no palco de quatro atores e ao imersivo sistema cenográfico de luzes e projeções de vídeo. A vida mundana de Roma nos anos 50 e 60, tão bem representada no filme homônimo, é o pano de fundo desta colagem “felliniana”, na qual algumas cenas de outros filmes do mestre são ambientadas, expressando a grande imaginação associativa deste gênio da comunicação visual italiana, e são reinterpretadas em uma chave moderna. Teatro, dança e projeções de vídeo fazem parte deste espetáculo onírico, no qual os personagens entram e saem à vontade e levam os espectadores de todo o mundo para uma “outra” dimensão. Entre teatro e cinema, entre sonho e realidade, o espetáculo questiona, antes de tudo: a dolce vita ainda existe?
Direção e dramaturgia: Pino Di Buduo Com: Marcus Acauan, Zsofia Gulyas, Nathalie Mentha, Irene Rossi
Projeto do conjunto, iluminação e vídeo: Stefano Di Buduo
Coreografia e movimentos de palco: Greta Bragantini
Fantasias e números: Marianna De Leoni
Técnico: Hector Gustavo Riondet
NATURA SONORIS
OpenLab Company (Itália)
Sinopse: Fragmentos de narrativa onde a escrita coreográfica e luminosa substitui a dramaturgia textual. Uma percepção microscópica que ressalta uma análise introspectiva por meio do silêncio e da proximidade. Natura Sonoris explora a complexidade da relação entre dois elementos, a dialética entre duas linguagens, duas matérias, orgânica e não orgânica, vivente e não vivente, corpo e luz. A composição não segue um princípio combinatório, mas respeita a especificidade e a natureza de cada elemento. Alimentam uns aos outros e ganham vida. No palco vazio o escuro é seguido por sinais luminosos desenhados em tempo real e que enquanto se propagam interceptam os limites do espaço revelando a matéria e o corpo da performer. Universos em contínua multiplicação são revelados no encontro com movimento, nas suas evoluções perdem e reencontram seus significados criando e transformando identidades infinitas. A extensão do corpo reconfigura a relação elástica entre espaço e tempo, empresta do passado e evoca o futuro, desafiando a percepção normal das coisas. O abstrato e figurativo confundem nosso olhar, abalam a fronteira entre o corpo humano e a paisagem. Fragmentos de narrativa onde a escrita coreográfica e luminosa substitui a dramaturgia textual. A palavra é perdida. O som evoca outro lugar. A Open Lab Company nasceu em 1991 do encontro de Laura Colombo – performer – e Luca Ruzza – arquiteto e cenógrafo -. Desde então a companhia está presente no teatro internacional com performances e instalações que utilizam uma linguagem onde a ausência da palavra, aliada a composição e elaboração do movimento, dá formas e complexidade a uma peculiar escritura cênica. Nos últimos anos a companhia atinge sua maturidade através de intercâmbios e projetos, resultado das suas pesquisas com alta tecnologia ligada às artes cênicas.
NATURA SONORIS Open Lab Company (Itália)
Performance de Laura Colombo e Luca Ruzza.
Música: Claudio Monteverdi, Kronos Quartet, Krzysztof Penderecki.
Produção: Open Lab Company
PETRUSHKA EXTENDED
Granhøj Dans (Dinamarca)
Quatro bailarinos e uma pianista estão numa sala de ensaio três semanas antes da estreia de um novo espetáculo. O coreógrafo, que de fato acredita que ele tem o elenco perfeito, luta para fazer com que as relações entre os personagens evoluam de modo a refletir suas próprias expectativas. Figuras dançam, jogam e discutem com ansiedade, mas eles não se entendem uma vez que todos falam o seu próprio idioma, russo, polonês, escocês, grego e húngaro. Um dos principais nomes da dança na Europa, o diretor dinamarquês Palle Granhoj decidiu assumir um novo desafio e mais uma vez tem uma composição de Igor Stravinsky como ponto de partida de seu trabalho. Com o apoio do Instituto Cultural da Dinamarca, neste novo trabalho o coreógrafo pretende, antes de tudo, aprofundar seu encontro com a obra de Stravinsky, iniciado anteriormente com a montagem de Sagração da Primavera Extended (2013) e ROSE: Sagração da Primavera Extedend e que ainda hoje é considerada bastante progressiva, caracterizada por seus ritmos irregulares, sons orquestrais incomuns e acordes estranhos, que na época causou grande indignação, sendo o trabalho maciçamente rejeitado pelos críticos. Em Petrushcka, o coreógrafo faz a fusão entre um concerto de piano e um espetáculo de dança. A Dans Granhoj obteve os direitos musicais para desenvolver uma pesquisa contínua na obra do artista russo ao ponto de estender a composição de 35 minutos em 1h a partir da livre interpretação de sua partitura.
FICHA TÉCNICA
PETRUSHKA – EXTENDED Um espetáculo de Palle Granhøj
Criado em colaboração com os artistas: László Fülöp, Sofía Pintzou, Mikolaj Karczewski, Bill Eldridge e a pianista María Eshpai
Assistente: Mads Møller Andersen
Música: Igor Stravinsky
Editorial: Copyright Boosey & Hawkes / Edition Wilhelm Hansen AS, Copenhagen
Produzido com patrocínio de: Wilhelm Hansen Fonden
Granhøj Dans é patrocinado pela Fundação Dinamarquesa para as Artes e a Prefeitura de Aarhus Produção em São Paulo: Palipalan Arte e Cultura
REFÚGIO
Alexandre Dal Farra (Brasil)
Com uma estrutura onde nada se explica completamente, em que a linguagem lacunar das personagens não se deve às suas características psicológicas, mas sim a uma indefinição objetiva da própria realidade, a trama da peça flerta com o ambiente do thriller, por um lado, e também, por outro, com o teatro do pós-guerra europeu – com uma inversão a partir da qual poder-se-ia arriscar denominá-la uma peça de pré-guerra. Em um contexto aparentemente cotidiano, algumas pessoas começam a ir embora, não se sabe para onde nem para quê. Uma mulher procura entender o que está acontecendo, seu marido a acompanha nesta busca. O mundo ao redor deles caminha para uma completa desestrutura, e ela mergulha cada vez mais em uma angústia sem solução, até que tudo se transforma em algo completamente novo e estranho. Refúgio foi indicado ao Prêmio Shell 2018 nas categorias de melhor autor, para Alexandre Dal Farra e melhor atriz, para Fabiana Gugli
FICHA TÉCNICA
TEXTO E DIREÇÃO Alexandre Dal Farra
ATORES Fabiana Gugli, Marat Descartes, Clayton Mariano, André Capuano e Carla Zanni.
MÚSICA ORIGINAL: Miguel Caldas.
CENOGRAFIA E LUZ: Marisa Bentivegna
FIGURINOS: Eduardo Climachauska
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Palipalan Arte e Cultura.
Produção Executiva: Maria Fernanda Coelho.
Operação de som: Tomé de Souza.
Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli.
Fotos e Vídeos de registro: Otávio Dantas.
SONHO DE ANDERSEN
Odin Teatret (Dinamarca)
“O Sonho de Andersen”, com o ensemble do Odin Teatret
Duração: 72 minutos – Classificação Indicativa: 14 anos
Sinopse: Uma comunidade de artistas se reúne em um jardim na Dinamarca. É uma manhã brilhante. Eles esperam a noite de verão, quando o sol se põe e dança. Um amigo está prestes a juntar-se a eles de outro continente. Com ele, divagando farão uma peregrinação às regiões de conto de fadas de Andersen. A Europa está em paz. Pelo menos o país deles está. Ou, talvez, apenas o jardim deles. Nesse espaço estreito, as horas parecem parar e liquefazer-se. No verão, a neve cai em flocos e fica preta. As fantasias deles navegam em um sonho tenebroso: um navio que transporta homens e mulheres acorrentados. Os artistas sentem o peso das invisíveis correntes. Eles também são escravos? Quando a peregrinação chega ao fim, os sonhadores a olhos abertos, percebem que esse dia de verão durou uma vida inteira. A cama do sono sem sonhos os espera. Seriam fantasmas, bonecos ou brinquedos essas figuras que aparecem para pega-los? Que tipo de vida nós vivemos quando paramos de sonhar E que tragédia ou farsa dança o sol?
Ficha Técnica
Atores: Kai Bredholt, Roberta Carreri, Jan Ferslev, Elena Floris, Donald Kitt, Tage Larsen, Augusto Omolú, Iben Nagel Rasmussen, Julia Varley e Frans Winther
Dramaturgia e direção: Eugenio Barba
Fotos: Jan Rüsz/Odin Teatret Archives
Sobre o Odin Teatret
O Odin Teatret foi fundado em 1964 em Oslo, na Noruega. Em 1966 transferiu-se para Holstebro, na Dinamarca mudando seu nome para Nordisk Teaterlaboratorium – Odin Teatret. Hoje, seus 40 membros vêm de onze países e quatro continentes. Hoje, as principais atividades do Laboratório incluem: espetáculos apresentados na própria sede e em turnês; “trocas” feitas em diversos contextos, na Dinamarca e no exterior; organização de encontros internacionais de grupos de teatro; hospitalidade para companhias e grupos de teatro e dança; Odin Week Festival anual; publicação de revistas e livros; produção de filmes e vídeos didáticos; pesquisas no campo da Antropologia Teatral durante as sessões da ISTA (International School of Theatre Anthropology); Universidade do Teatro Eurasiano; produção de espetáculos com o ensemble multicultural do Theatrum Mundi; colaboração com o CTLS (Centre for Theatre Laboratory Studies) da Universidade de Arhus, com a qual organiza regularmente a The Midsummer Dream School; Festuge (Semana de Festa) de Holstebro; Festival trienal Transit, dedicado às mulheres que trabalham no teatro; Festival anual NTL; OTA (Odin Teatret Archives), os arquivos vivos da memória do Odin; WIN, Prática para Navegantes Interculturais; artistas em residência; espetáculos para crianças; exposições; concertos; mesas redondas; iniciativas culturais e projetos especiais para a comunidade de Holstebro e de seu entorno etc. Os 56 anos do Odin Teatret como laboratório favoreceram o crescimento de um ambiente profissional e de estudo, caracterizado por diversas atividades interdisciplinares e colaborações internacionais. Um campo de pesquisa fecundo é a ISTA, que desde 1979 tornou-se uma aldeia teatral onde atores e dançarinos de diversas culturas encontram estudiosos para investigar, confrontar e aprimorar os fundamentos técnicos de sua presença cênica. Outro campo de ação é constituído pelo do Theatrum Mundi, que desde 1981 apresentou espetáculos com um núcleo permanente de artistas de tradições e estilos diferentes. O Odin Teatret criou 79 espetáculos que viajaram por 66 países em contextos sociais diferentes. Durante essas experiências, desenvolveu-se uma cultura específica do Odin, baseada na diversidade e na prática da “troca”: os atores do grupo se apresentam com o seu trabalho artístico à comunidade que os recebe e, em troca, ela responde com cantos, músicas e danças que pertencem à sua própria tradição. A “troca” é uma espécie de permuta, ou escambo, de manifestações culturais, e não só oferece uma compreensão das formas expressivas alheias como também dá início a uma interação social que desafia preconceitos, dificuldades linguísticas e divergências de pensamento, juízo e comportamento.
SOBRE A PALIPALAN ARTE E CULTURA
A Palipalan Arte e Cultura é uma produtora voltada para o mercado da arte e cultura. Com sede em São Paulo a produtora tem realizado diversos projetos e eventos visando a ampliação e diversificação de público, ações educativas e artísticas. Com a experiência adquirida, em várias áreas que se complementam se aliaram a outros parceiros com o intuito de contribuir e estimular o intercâmbio entre as mais diversas formas de expressão da criação artística.
Uma empresa de artistas e produtores que concebe e realiza projetos artístico-culturais. Trabalhos realizados com criatividade, paixão, profissionalismo, competência e ousadia. Com ética e seriedade a Palipalan procura levar satisfação a seus clientes e parceiros. Trabalhar com arte e cultura demanda estratégia, transparência, contatos, repertório e experiência. Elementos utilizados para idealizar, elaborar e administrar projetos culturais, gerenciar turnês nacionais e internacionais, captar recursos, dirigir e produzir eventos de pequeno, médio e grande porte. A empresa trabalha com consultorias de conteúdo cultural para grupos e artistas. Realiza toda a logística que envolve eventos, tais como, liberação de cargas, contratos e vistos de trabalho, tradução, direção técnica, ambientação/cenografia, comunicação.
A atuação da Palipalan Arte e Cultura também é uma arte, a serviço da qual uma minuciosa estrutura é oferecida, imprimindo um processo de visibilidade, respeito e credibilidade no trabalho desenvolvido. Criada em 2009 a empresa nasceu sob o signo da experiência de amigos e parceiros de longa data. “Há alguns anos deixamos uma atividade que nos unia na área da cultura e percorremos caminhos diferentes, muitas vezes separados por milhares de quilômetros e até continentes inteiros. Encontramo-nos outra vez com propostas e ideias que nos uniram em um projeto comum: a criação de uma produtora voltada para o mercado da arte e da cultura. Nossas parcerias são estruturadas de diversas formas, dentro do conceito que valorizamos de trabalhar com um olhar único para cada artista, grupo ou proposta artística. Incentivamos e pensamos na criação de projetos que possam comunicar-se entre si, buscando estabelecer uma ponte para facilitar a interação entre nossos parceiros e o mundo prezando sempre pela continuidade em nossas relações”, afirmam Maria Fernanda Coelho e Patricia Braga Alves, sócias na Palipalan Arte e Cultura.
A principal vocação da Palipalan Arte e Cultura é trabalhar em rede. Sendo elas profissionais e afetivas. Na cadeia de produção de um espetáculo ou festival a produtora procura manter sempre um time de profissionais engajados e competentes que tem a capacidade de oferecer segurança e qualidade nos trabalhos desenvolvidos. Por meio de suas sólidas parcerias estabelece troca de conhecimento e arte entre o Brasil e o exterior.
FICHA TÉCNICA – Mostra Palipalan Arte e Cultura 10 anos
Projeto realizado com apoio da Lei Federal Aldir Blanc, através do Edital Proac Expresso LAB da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.
Realização: Palipalan Arte e Cultura
Coordenação de Produção: Patricia Braga Alves e Maria Fernanda Coelho
Núcleo de Comunicação: Janaina Ávila | Visualitá Casa de Design
Núcleo Áudio visual: Coordenação, roteiro e direção: João Ribeiro e Raquel Balekian
Núcleo de Produção: João Ribeiro e Renata Ichisato
Coordenação técnica: Raquel Balekian
Produtora Associada: Harlequin Produções
Foto: La Dolce Vita/ Teatro Potlach/ Divulgação