A denúncia aponta que, devido as más condições das estradas, a circulação do transporte escolar é prejudicada
O LONDRINENSE com assessoria
Nesta terça feira (21), uma comissão representando as 501 famílias do Assentamento Eli Vive, localizado no distrito de Lerroville, irão entregar um abaixo assinado, juntamente com fotos e um relatório das escolas do assentamento, denunciando as más condições das estradas, o que tem dificultado o acesso dos estudantes a escola em dias chuva.
Segundo as famílias, o direito a educação está sendo negado já que, desde o início do ano letivo de 2023, em sete dias (durante pouco mais de um mês) não teve aula porque nenhum aluno conseguiu chegar até a escola. E, em vários outros dias, os alunos tiveram que caminhar alguns quilômetros até locais mais acessíveis para o transporte escolar.
O Assentamento Eli Vive foi criado oficialmente em 2010 e, desde então, as más condições das estradas tem sido um problema recorrente, pois dos 109 km que deveriam ter sido readequados, apenas 14 km foram feitos até o momento.
Em 2014, o INCRA liberou recurso para a Prefeitura Municipal de Londrina, que foi recolhido em 2018 por não ter sido utilizado. Após notificação do MP, a prefeitura realizou a readequação de 14 km, restando 95 km que deveria ser realizado com recursos do INCRA, e até agora não tem recursos liberados.
A partir de uma negociação da direção do Assentamento com a Secretária Estadual de Agricultura, o governo do Estado liberou,, em 2020, recurso para a Prefeitura realizar o calçamento da estrada principal que liga o Distrito de Lerroville até a sede do Assentamento. Porém, mais uma vez corre-se o risco do recurso ser recolhido sem a realização da obra. Da sede do Assentamento até a Vila Rural do Distrito de Guairacá, que deve ser realizada com recursos da Prefeitura como contra partida, também não tem previsão de realização.
De acordo com as famílias, nem a manutenção mínima das estradas tem sido realizada pela Prefeitura, lembrando que a estrada principal já era municipal antes mesmo da criação do Assentamento. As famílias assentadas querem é condições adequadas de acesso a educação, um direito humano fundamental.
Foto: Arquivo/MST-PR