Black Friday: Dicas para não cair em golpes

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É preciso tomar cuidado com golpistas que irão se aproveitar do período de vendas em promoção

Telma Elorza

O LONDRINENSE

A última sexta-feira de novembro – que este ano cai no dia 25 – já se tornou um grande atrativo para consumidores. De origem norte-americana, a Black Friday (a sexta-feira pós Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos) é um período de vendas que movimenta o comércio também no Brasil já um bom tempo.

No entanto, os brasileiros já estão acostumados com a Black Fraude, onde lojistas aumentam os preços antecipadamente para vender no preço normal, na data, como se fosse promoção. Aos poucos, isso está mudando porque os consumidores já estão mais espertos e acompanham os preços para evitar serem enganados.

Mas é uma época também propícia para golpistas ficarem de olho no aumento do consumo e também no 13o. salário e aproveitarem para roubarem contas digitais e dados bancários, trazendo prejuízos. E, portanto, os cuidados devem ir além de pesquisar preços antecipadamente. Segundo o advogado especialista em Direito Digital e Crimes Cibernéticos, Fernando Peres, criminosos podem aproveitar o entusiasmo do consumidor e aplicar golpes digitais de várias formas.

“O golpista envia falsas promoções, cupons e vouchers de hotéis, restaurantes e outros serviços de lazer. Acreditando que está recebendo um benefício, o consumidor clica no link e entrega todos seus dados”, aponta. As falsas ligações de bancos e instituições financeiras também devem ser mais intensas no período, de acordo com ele.

Mas o cuidado redobrados deve ser dar com os falsos anúncios patrocinados nas redes sociais, sites e aplicativos. “Os falsos anúncios patrocinados talvez não sejam uma novidade, mas nesse e no próximo mês, a quantidade deles aumenta muito. Anúncios patrocinados falsos, em nome de empresas grandes e conhecidas, estão cada vez mais comuns. Como o anúncio é patrocinado, poucas pessoas desconfiam já que é necessário fazer um investimento. A maioria entende como verdadeiro e cai no golpe”, alerta.

Segundo ele, qualquer pessoa com uma URL verificada e registrada, com um domínio válido pode cadastrar e anunciar produtos no Google, por exemplo. Para anunciar no Instagram e Facebook é ainda mais fácil. “Com os anúncios, o site/rede social passa a ter legitimidade, mas pode ser apenas uma armadilha”, esclarece.

O anúncio falso, segundo Peres, deve encaminhar para um site/rede também falso. “Se usarem um site falso de uma grande empresa, por exemplo, o consumidor tem que observar se não há interação de consumidores, se não há nenhuma curtida ou comentário. Porque as pessoas começam a identificar fraudes e escrevem comentários, que os criminosos apagam. E desconfiar sempre se for um preço extremamente baixo”, diz. Além disso, ele recomenda não clicar diretamente no anúncio, mas ir até o site ou – melhor ainda – no aplicativo da loja.


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