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Não sei me relacionar com as pessoas. O que faço?

Por Telma Elorza

“Tenho 26 anos e sou muito tímida e não consigo me relacionar com as pessoas. Até gostaria de sair para ir para baladas com amigos, mas só de pensar em conversar com pessoas que não conheço, tenho ataques de pânico. Só consigo me soltar com amigos e parentes que conheço desde a infância. Trabalho em casa, fazendo artesanato para minha irmã vender, porque nunca consegui marcar uma entrevista de emprego. Não consegui fazer faculdade, nunca namorei e acho que meu destino é ficar sozinha para o resto da minha vida. O que posso fazer para vencer essa timidez paralisante?”

Bom, de uma tímida para outra, eu digo: você tem que buscar ajuda urgente. Você está deixando a timidez vencer e isso é inaceitável.

E para quem ficou surpreso com a informação que sou tímida, devo dizer que era daquelas crianças que se escondiam no guarda-roupas quando chegava visitas em casa. Mesmo que fossem parentes que conhecia desde bebê. Mas meu sonho era ser jornalista e decidi vencer a timidez na marra e na força de vontade. Imagine um repórter se “escondendo” do entrevistado. Não dá, né? Hoje sou considerada extrovertida por todos que me conhecem, embora ainda tenha alguns momentos de recaída. No entanto, são raros e estão mais ligados à situações desconhecidas. No entanto, tenho meu lema: “Tô com medo? Vou com medo mesmo”! E entro na situação puxando conversa, fazendo piadas.

Segundo alguns especialistas, a timidez excessiva pode ser até um problema de saúde mental, principalmente quando afeta vida da pessoa, a ponto dela não querer sair de casa, como no caso da leitora. Não conseguir fazer uma faculdade, arrumar um emprego? Chegar a esse ponto?

Geralmente, há algum fundo psicológico para a timidez excessiva. Os principais são a insegurança (em si próprio), baixa autoestima e o medo de rejeição/julgamento. E, para chegar ao cerne do problema que deixa o tímido excessivo paralisado, só terapia com profissionais qualificados. Às vezes, pode ser algum trauma de infância – algo simples, como uma apresentação escolar que não saiu direito e foi motivo de risos.

O importante é que a leitora reconhece que tem um problema e que precisa solucioná-lo. Reconhecer isso é o primeiro passo. Agora, é hora de buscar ajuda. Encare como um mal necessário. Só assim pode mudar sua vida e quebrar esse ciclo pernicioso.

Quem é a Tia Telma

Telma Elorza é jornalista, divorciada e adora dar pitaco na vida dos outros. Mas sempre com autorização.

Arte: Mirella Fontana

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