Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27) iniciou no domingo (6), na cidade de Sharm El Sheikh, no Egito. Além de participar de painéis que tratam sobre a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, o Estado também participará de reuniões bilaterais e será signatário da Declaração de Rabat Salé Kénitra.
Iniciativas sustentáveis paranaenses serão apresentadas nesta e na próxima semana na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27), que iniciou no domingo (6), na cidade de Sharm El Sheikh, no Egito. Servidores da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) vão participar de três painéis na conferência, e a Portos do Paraná foi a única autoridade portuária do planeta convidada a palestrar no evento.
O Governo do Estado também vai assinar a Declaração de Rabat Salé Kénitra de “Regiões para um Futuro Resiliente: impulsionando ações transformadoras para o planeta, as pessoas e a prosperidade” (Regions for a Resiliente Future: driving transformative action for the planet, people & prosperity). O documento, da rede internacional Regions4, terá como signatários governos regionais de diferentes partes do mundo, que se comprometem a implementar políticas para mitigar as mudanças climáticas e cumprir as metas do Acordo de Paris.
O diretor de Políticas Ambientais da Sedest, Rafael Andreguetto, vai palestrar nos painéis “A Sustentabilidade dos Biomas Brasileiros”, na segunda-feira (14); e “Regiões e a Economia de Hidrogênio: a Solução do Hidrogênio como um Vetor da Transição Energética”, na terça-feira (15). A diretora de Licenciamento Ambiental e Outorga do Instituto Água e Terra (IAT), Ivonete Chaves, participará do painel “O Papel dos Estados para o Avanço na Descarbonização do Setor Energético”, com data ainda a definir.
A Portos do Paraná vai participar, nesta terça-feira (8), no painel “Tecnologia e Transferência Inovadoras: Solução Chave para Ações Climáticas”. Na quarta-feira (9), os temas serão “Tornando-se Verde: Setor Privado Sustentável”, “Lidere o Caminho: Estudos de Caso sobre Desenvolvimento Urbano Sustentável” e “Investimento em Comunidades”.
REUNIÕES BILATERAIS – No período em que estará presente na COP27, entre os dias 12 e 17 de novembro, o Paraná deve participar também de uma série de reuniões bilaterais com outros governos e com instituições da área de sustentabilidade, na busca de financiamentos a projetos e planos de mitigação climática.
Segundo Andreguetto, o Estado também vai apresentar programas voltados para a redução dos efeitos das mudanças climáticas, como o Sinais da Natureza, Paraná Energia Sustentável, Poliniza Paraná e o Selo Clima.
“Estamos indo para a COP27 para buscar conhecimento, informação e um apoio técnico para o Paraná, para que as ações do governo continuem sendo pautadas pela sustentabilidade, inclusive no trabalho com a iniciativa privada”, explicou. “Também buscamos financiamentos a projetos de sustentabilidade, algo que o Paraná é protagonista”.
PROGRAMAS – O programa Sinais da Natureza é uma parceria entre a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) e o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) e desenvolve ações para ajudar a frear as mudanças climáticas.
Entre elas está o apoio para a criação de consórcios regionais de resíduos sólidos, a reorganização do Fórum Paranaense de Mudanças Climáticas, a criação de mecanismos de avaliação e informação sobre a vulnerabilidade de áreas de risco e a implantação de planos de contingência nos municípios.
Lançado no ano passado, o Paraná Energia Sustentável busca agilizar o licenciamento de atividades com foco na redução da emissão dos gases de efeito estufa. A intenção é fazer com que a produção de renovável no Estado, por meio de empreendimentos de pequeno porte, tenha uma nova dinâmica para a emissão de licenciamento ambiental, o que permite reduzir o tempo de espera pela permissão.
Pelo Poliniza Paraná, o Governo do Estado está espalhando em parques e praças dos municípios colmeias de abelhas nativas sem ferrão, que ajudam na conscientização ambiental, na proteção dessas espécies e também na polinização da flora paranaense.
Já o Selo Clima é uma referência no incentivo à redução dos gases do efeito estufa, ao fazer o reconhecimento de empresas, entidades e municípios que tenham iniciativas alinhadas com a preservação de recursos naturais.
O programa foi ampliado na atual gestão e passou a incluir princípios propostos por iniciativas com as quais o Paraná possui alinhamento e acordos, como a Agenda 2030 da ONU e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS); as campanhas Race to Zero e Race to Resilience e a Declaração de Edimburgo.
“Este ano, o empreendedor que adere ao Selo Clima vai passar não apenas a fazer o registro das emissões, como também vai apontar as ações de ESG que realiza. Ele passa a ser um instrumento muito maior de registro e de controle das mudanças climáticas, principalmente com relação às emissões dos gases de efeito estufa”, acrescentou Andreguetto.
Foto: Denis Ferreira Netto/SEDEST