Por Robson Moretão
Fala, galera do Além dos Controles! Aqui é o Robson Moretão, trazendo um olhar sincero e descomplicado sobre os games que estão dando o que falar. Hoje, vou compartilhar minha experiência com S.T.A.L.K.E.R. 2: Heart of Chernobyl. Será que vale a pena voltar à Zona? Segura aí, porque tem muita coisa pra gente destrinchar!
Depois de anos de espera, S.T.A.L.K.E.R. 2 finalmente saiu das sombras. O jogo, que passou por uma pandemia e até uma guerra, chega trazendo o mesmo espírito dos clássicos: brutal, caótico e profundamente imersivo. Aqui, a beleza e o terror coexistem, deixando claro que essa não é uma experiência para os fracos de coração.
Logo de cara, você é jogado em um mundo onde cada passo pode ser seu último. A Zona não perdoa: radiação, mutantes e facções hostis estão sempre prontos para acabar com você. É um jogo que exige paciência, observação e, acima de tudo, resiliência.
A atmosfera que prende e assusta
Se tem uma coisa que a série S.T.A.L.K.E.R. faz bem, é criar uma atmosfera única. Em Heart of Chernobyl, a Zona parece viva. Cada floresta, tempestade e raio de sol conta uma história. A sensação de perigo constante é palpável e os efeitos climáticos, como tempestades irradiadas, são de tirar o fôlego.
Mas não se engane: o jogo mantém a essência crua dos anteriores. Não há mãozinha guiando o jogador. Você está por conta própria, tentando sobreviver e descobrir os mistérios desse mundo pós-apocalíptico.
Realismo na veia com Heart of Chernobyl

S.T.A.L.K.E.R. 2 não tenta agradar a todos, e isso é um ponto positivo – e negativo. O sistema de inventário é tão apertado quanto um cofre pequeno, e cada escolha importa. A escassez de munição, a degradação do equipamento e o uso de itens como vodka para reduzir radiação trazem um realismo que poucos jogos alcançam.
Por outro lado, os bugs estão presentes em abundância. De texturas piscando a falhas de áudio, é impossível ignorar que o jogo poderia ter passado mais tempo no forno. Isso pode afastar novos jogadores e frustrar até os fãs mais dedicados.
Você joga como Skiff, um novato na Zona que logo se vê envolvido em um conflito com a “Ward”, uma nova força autoritária. A história tem seus momentos, mas pode ser inconsistente. Enquanto a liberdade de escolha é uma característica marcante, as missões secundárias nem sempre são recompensadoras, e algumas mecânicas parecem subaproveitadas.
Mesmo assim, a exploração continua sendo um ponto alto. Cada canto do mapa esconde segredos, e a tensão ao entrar em uma área desconhecida é quase insuportável.
Vale a pena?

Se você é fã da franquia, vai encontrar em S.T.A.L.K.E.R. 2 tudo aquilo que ama: uma Zona brutal, um desafio constante e uma atmosfera única. Mas se está chegando agora, é bom saber que o jogo não faz concessões. Ele é complicado, cheio de falhas e, ao mesmo tempo, incrivelmente autêntico.
Com cerca de 40 horas de campanha e um mundo aberto cheio de conteúdo, há muito o que explorar. Porém, talvez seja prudente esperar algumas atualizações antes de se aventurar.
Se você gosta de jogos que testam seus limites, embarque nessa. Se não, talvez seja melhor passar longe – pelo menos por enquanto.
E aí, já jogou ou está pensando em se arriscar? Me conta nos comentários e, como sempre, fique ligado aqui no Além dos Controles!
Robson Moretão

Um maluco por games desde sempre – há mais de 30 anos! Sou fissurado em histórias incríveis, desafios “impossíveis” e gráficos realistas. Aqui, na minha coluna, vou falar sobre o avanço desta indústria fantástica e seus desdobramentos. Ah, e se quiser ficar por dentro das últimas novidades dos games e e-sports diariamente, cola comigo nas minhas redes sociais: Twitter, Tiktok, e Instagram
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