Por Robson Moretão
Fala, galera do Além dos Controles! Aqui é o Robson Moretão, jornalista e gamer de carteirinha há mais de 20 anos. Hoje, trouxe um tema que promete sacudir o universo dos videogames: será que estamos realmente próximos do fim da era dos consoles? Essa provocação veio direto de Shawn Layden, ex-CEO da PlayStation, em uma entrevista ao Eurogamer. Bora discutir?
Consoles: uma ideia com prazo de validade?

Layden não mediu palavras ao afirmar que “os consoles estão com os dias contados”. Segundo ele, a evolução tecnológica no hardware chegou a um ponto de saturação. “O salto do PS1 para o PS2 foi revolucionário. Já do PS4 para o PS5, estamos falando de melhorias que só os cães conseguem perceber”, comentou Layden.
Ele aponta que a competição entre Xbox e PlayStation deixou de ser sobre potência e se concentra cada vez mais no conteúdo. Afinal, quando abrimos um console moderno, descobrimos que são praticamente iguais em termos de chipset. O mercado indie, segundo Layden, é onde a verdadeira inovação está acontecendo, enquanto os grandes jogos AAA enfrentam altos custos e aversão ao risco.
Uma nova disputa: games versus o resto do mundo
Enquanto muitos acreditam que a briga dos games é entre plataformas, Layden joga luz sobre um inimigo maior: o tempo. Sim, o tempo que as pessoas dedicam ao TikTok, Netflix e outras distrações. Durante a pandemia, houve um aumento de 23% nos gastos com games, mas, segundo ele, isso foi um pico artificial. “Quando a vida voltou ao normal, competimos com tudo o que tira o tempo dos jovens. E estamos perdendo essa luta.”
Essa observação é crucial, pois mostra que a indústria não enfrenta apenas desafios tecnológicos ou criativos, mas também uma mudança no comportamento do consumidor.
O peso financeiro dos jogos AAA
Outro ponto levantado pelo ex-CEO é o custo absurdo do desenvolvimento de grandes jogos. No PS1, um título custava cerca de US$ 1 milhão; no PS5, alguns já ultrapassam a marca de US$ 200 milhões, fora o marketing. E tudo isso para quê? Para que apenas metade dos jogadores termine o jogo?
Layden questiona a lógica de criar mundos tão gigantescos e complexos que muitos jogadores sequer exploram por completo. “Será que vale a pena investir tanto se as pessoas não estão aproveitando tudo?”, ele provoca.
Minha opinião: o que vem depois dos consoles?
Agora é a minha vez de opinar. Concordo com Shawn Layden em muitos pontos: o foco no conteúdo é, sem dúvida, o grande diferencial para o futuro, e o streaming de jogos já está mostrando que pode ser o próximo grande passo. Mas será que isso significa o fim definitivo dos consoles físicos? Eu não apostaria todas as fichas nisso ainda.

Como gamer e pai, posso dizer que a experiência de jogar videogame com minhas filhas não tem preço. Seja ensinando um movimento especial ou simplesmente rindo de uma derrota inesperada, esses momentos criam laços que nenhuma tecnologia pode substituir. É essa conexão, entre pais e filhos, amigos e comunidades, que mantém o coração dos videogames pulsando.
Mais do que gráficos incríveis ou serviços de streaming, os jogos eletrônicos sobrevivem porque unem pessoas. O console em si pode evoluir ou até desaparecer, mas a essência do videogame, como uma ferramenta de diversão e conexão, vai continuar firme. Afinal, o que realmente importa não é a plataforma, mas as histórias que vivemos e as memórias que criamos jogando.
E você, também tem histórias marcantes com videogames? Compartilhe nos comentários! Quero ouvir como os jogos marcaram sua vida. Até a próxima, galera!
Imagem principal: Gerada por Image Creator Bing
Robson Moretão

Um maluco por games desde sempre – há mais de 30 anos! Sou fissurado em histórias incríveis, desafios “impossíveis” e gráficos realistas. Aqui, na minha coluna, vou falar sobre o avanço desta indústria fantástica e seus desdobramentos. Ah, e se quiser ficar por dentro das últimas novidades dos games e e-sports diariamente, cola comigo nas minhas redes sociais: Twitter, Tiktok, e Instagram
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