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Fake news e deepfakes nas Eleições de 2024: A ameaça à democracia

Por Luiz Joia

As eleições de 2024 estão se aproximando e, por isso, é essencial abordar um tema preocupante que tem se tornado cada vez mais relevante: a disseminação de fake news e o avanço das deepfakes no contexto político.

A desinformação têm o potencial de afetar negativamente a democracia, modificando o resultado de um pleito, minando a confiança pública nas instituições e distorcendo o debate eleitoral. Nesta coluna, discutiremos a ameaça atualizada representada pelas fake news e deepfakes nas eleições de 2024.

O poder destrutivo das fake news

As fake news (termo em inglês que, em tradução direta, significa “notícias falsas) são informações falsas ou enganosas apresentadas como sendo verdadeiras, na maioria das vezes com má-fé, com o intuito de influenciar a opinião pública. Nas eleições de 2024, espera-se um aumento significativo da disseminação de notícias falsas, impulsionadas pelo fácil acesso à tecnologia e às redes sociais. Essas informações fabricadas têm o potencial de distorcer fatos, difamar candidatos e criar narrativas enganosas.

As plataformas de mídias sociais desempenham um papel fundamental na disseminação das fake news. Algoritmos de recomendação e bolhas de filtro podem amplificar o alcance das informações enganosas, criando eco chambers (sensação que todo mundo está falando a mesma coisa e possui a mesma opinião por estar dentro de uma bolha) onde as pessoas são expostas apenas a visões reforçadoras de suas crenças. A falta de verificação de fatos adequada e a velocidade com que as notícias se espalham nas redes sociais dificultam a contenção desse fenômeno.

A ascensão das deepfakes

Além das fake news tradicionais, as deepfakes representam uma ameaça ainda mais sofisticada. Deepfakes são vídeos ou áudios manipulados usando inteligência artificial, nos quais rostos ou vozes são trocados para criar a aparência de pessoas reais dizendo ou fazendo coisas que nunca fizeram. Nas eleições de 2024, espera-se que os deepfakes sejam usados com o objetivo de difamar candidatos, espalhar desinformação e semear a desconfiança pública. Até mesmo na data de hoje, pré-candidatos já foram penalizados por tal prática.

A disseminação de deepfakes pode ser especialmente prejudicial, uma vez que é difícil distinguir entre o real e o falso. A tecnologia avançada por trás dos deepfakes torna cada vez mais desafiador detectar essas manipulações, mesmo para especialistas. Isso pode levar a uma erosão generalizada da confiança na informação, prejudicando a integridade das eleições e a credibilidade dos políticos.

Combater a desinformação

Combater a disseminação de fake news e deepfakes requer um esforço conjunto de governos, plataformas de mídias sociais, especialistas em tecnologia e sociedade civil. É fundamental promover a alfabetização midiática e digital, capacitando os cidadãos a identificar e verificar informações falsas. As plataformas de mídias sociais também devem assumir maior responsabilidade, implementando medidas robustas para detectar e remover conteúdo desinformativo.

Além disso, é necessário investir em tecnologias de detecção de deepfakes e promover pesquisas contínuas para aprimorar os métodos de verificação. As parcerias entre governos, empresas de tecnologia, instituições acadêmicas e organizações da sociedade civil são cruciais para enfrentar essa ameaça em constante evolução.

As eleições de 2024 enfrentam uma ameaça aprimorada com a disseminação de fake news e deepfakes. Essas formas de desinformação podem minar a confiança pública nas instituições democráticas e distorcer o debate eleitoral. É essencial adotar abordagens abrangentes e colaborativas para combater essa ameaça, promovendo a alfabetização midiática, responsabilidade das plataformas e de quem publica/compartilha essas informações e avanços tecnológicos. Somente assim poderemos proteger a integridade das eleições e fortalecer a democracia.

Para mais novidades, curiosidades e informações sobre as eleições, acompanhe nossa coluna quinzenal.

Imagem principal gerada por IA: Freepik

Luiz Felipe Barros Joia

As fake news e as deepfakes podem levar desinformação em massa, nestas eleições. Particularmente perigosas são as deepfakes, que usam a Inteligência Artificial para para recriar pessoas reais fazendo ou dizendo coisas inverídicas.

Advogado, formado pela PUC/PR, inscrito na OAB/PR, especialista em Direito Eleitoral e Direito Empresarial na Era Digital. Músico nas horas vagas. Me siga no Instagram  @advluizjoia @luizjoia e visite meu site luizjoiaadvogado.com.br para mais informações.

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(*) O conteúdo das colunas não reflete, necessariamente, a opinião do O LONDRINENSE.

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1 comentário

  1. Excelente matéria com informações relevantes e atuais. Parabéns

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