Mostra Cine Terreiro ocorre neste final de semana

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A ação, que recebe recursos da Lei Paulo Gustavo, tem como objetivo prestigiar a herança cultural da matriz afro-brasileira e indígena e será apresentada na sexta (8) sábado (9) e domingo (10)

O LONDRINENSE com assessoria

Nesta sexta-feira (8), começa a Mostra de Cinema Cine Terreiro, que tem como objetivo enaltecer e prestigiar a herança cultural da matriz afro-brasileira e indígena, abordando, também, vertentes como o neo-xamanismo. Serão três dias de exibição, incluindo também o sábado (9) e o domingo (10).

No primeiro dia da mostra, a programação começa às 9h no Colégio Estadual Professora Roseli Piotto Roehrig (Rua Basílio Zani, 27, Jose Giordano). Na ocasião, haverá a exibição de dois curtas, “Folhas Miúdas: Infância em Terreiros” e “5 Fitas”, assim como um bate-papo com a equipe da Mostra e a performance teatral da atriz Edna Aguiar, com a peça “Preta do Leite”.

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No sábado (9), as atividades começam também às 9h na Casa Ylê Axé Opô Omin (Rua Maria José da Silva, 17, Conjunto Maria Cecília Serrano de Oliveira). Serão apresentados cinco curtas: “Encruza”, “João de Una tem um Boi”, “Joãosinho da Goméa – O Rei do Candomblé”, “O atabaque na minha vida” e “Senhor da Terra”. Logo depois da exibição, será promovida uma oficina de realização audiovisual com o uso de smartphones para integrantes de terreiros e um bate-papo com a equipe da Mostra.

No último dia da mostra, domingo (10), a programação se inicia às 18h45 na Concha Acústica (Praça Primeiro de Maio) e terá Edna Aguiar atuando como Mestra de Cerimônias. Serão exibidos oito curtas: “Quebra Panela”, “Noke Koi – Povo Verdadeiro”, “Encruza”, “Senhor da Terra”, “Romana”, “Onde aprendo a falar com o vento”, “O Jardim Fantástico” e “João de Una tem um Boi”.

Mostra Cine Terreiro traz curtas que divulgam a herança cultural afro-brasileira, com apresentações em espaços diferentes
Divulgação

Os filmes, produzidos em localidades de todo o Brasil, foram selecionados por uma curadoria composta por membros da comunidade de terreiro, povos originários, cineastas, zeladores do culto afro-religioso e indígenas. A equipe de curadoria procurou por produções cinematográficas que abordam temas como a relação com o território, a ancestralidade, a resistência e a espiritualidade desses povos.

Cine Terreiro: valorização da cultura afro-brasileira

O coordenador-geral do projeto pela produtora Caixa Mágica Filmes, Arthur Henrique de Deus Ribeiro dos Santos, explicou que o festival teve início como uma mostra itinerante, com seis edições realizadas em diferentes locais. Em 2024, o festival chega à sua quarta edição, consolidando-se como um espaço de valorização e difusão da cultura afro-brasileira e indígena.

Conforme dos Santos, a iniciativa de criar o Cine Terreiro surgiu a partir do desejo de fazer o registro das imagens das casas de culto afro-brasileiro já documentadas, trazendo e levando a cultura afro-brasileira para todos terem acesso à cultura ancestral. “A mostra tem uma importância fundamental para a valorização e reparação de um espaço historicamente negado, ocupando, abrindo diálogo e desmistificando as culturas de matriz afro-brasileira e indígena, que são parte integrante da identidade e da diversidade do povo brasileiro”, disse.

De acordo com o coordenador do projeto, as ações realçam a importância de filmes refletindo questões ligadas ao território, enaltecendo as espiritualidades e cosmovisões de matriz africana e indígena, formando plateias, gerando debates e discussões sobre direitos sociais.

A Mostra de Cinema Cine Terreiro, em Londrina/PR, tem realização através da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal e conta com apoio da Prefeitura de Londrina, Caixa Mágica Filmes, Ori Audiovisual Cruzeiro Filmes.

Foto: Divulgação

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