Casa Madá traz primeira individual de Douglas Mesquita

Convite 1 Douglas Mesquita

Evento acontece no dia 1, a partir das 15 horas

A primeira exposição individual do artista Douglas Mesquita, que assina como Douglas Iscariotes, conta com ilustrações originais e reproduções em camisetas e canecas. Durante a abertura da exposição no dia 1º de abril, às 15h, na Casa Madá – Ateliê Coletivo (Av. Carlos Gomes , 145, Londrina), também será inaugurado o mural produzido pelo artista na parede externa da frente da casa e Mesquita fará um bate-papo com o público. A exposição integra a galeria Toca da Onça, da Casa Madá, que tem curadoria de Higor Mejia.

Douglas Mesquita é formado em Artes Cênicas na UEL e tem atuado como ilustrador, desenhista, ator, diretor, bonequeiro, performer e educador social. Os trabalhos que integram a exposição dividem-se em duas séries, a primeira denominada Movimento Histérico e a segunda intitulada Os Anjos.

Duas séries – A sequência de desenhos de Movimento Histérico parte de grafismos, zentangle e trabalha a partir da criação de movimento e texturas com o preto, esses trabalhos se aprofundam na criação de microuniversos compartilhados, interligados, entrelaçados e únicos. Cada um dos desenhos parte de um processo do movimento da mão e dos olhos, que busca quase um tremor da mão, quase como falar ao telefone e riscar uma folha de papel para se distrair. “Linhas, que são letras que são janelas, ou círculo, que podem ser esferas ou planetas e sóis. Casa, cordas, espinhos, conchas, buracos, escadas, colmeias, rabiscos e fluxos de pensamentos e ideias. Histérico”, define Mesquita.

Segundo Douglas Mesquita, suas principais referências visuais para essa série são Jean Giraud Moebius, Miles Johnston, Marco Mazzoni, Tarsila do Amaral, Peter Draws , Yukito Kishiro , Hiroki Endou, Harry Clarke.

Outra parte dos desenhos tem como referenciais os hq’s e mangás, bem como baseia-se em questões sobre a imaginação e fantasia na contação de histórias. Os desenhos construídos em aquarela, lápis de cor e nanquim acessam questões sobre cuidado, religiosidade, paternidade e abandono. Questões sobre a agressividade e a criação artística permeiam a imaginação de forma a criar histórias e breves narrativas sobre estas criaturas aladas e de chifres pontiagudos. Mesquita frisa que no “imaginar moram estes seres que vivem carregando ovos, derrubando-os ou sentando em cima, cuidando como podem de filhos que nem são seus, pois os anjos não transam”.

A série de desenhos dos anjos surge de provocações da adolescência carregada das imagens presentes no cotidiano do início e fim. As influências e referências visuais desta segunda parte são Lauren Marx, Susano Correia, Jean Giraud Moebius, Frida Kahlo, Kelly McKernan, Híg Mejïa, Hiroki Endou, Yukito Kishiro, Zdzislaw Beksinski.

O artista decidiu desengavetar seus desenhos e ilustrações quando recebeu a proposta de exposição coletiva, em 2021, realizada na galeria “Toca da Onça”, na Casa Mada, também com curadoria de Mejia, coordenador do espaço. “Esse primeiro evento me impulsionou e facilitou a construção e organização dos desenhos, afirmando meu pseudônimo de Douglas Iscariotes”, conta o artista.

Mural – O primeiro mural de Douglas Mesquita criado para a Casa Madá – Ateliê Coletivo trabalha questões de imaginação, experimentação, desgaste e micro histórias. Misturando técnicas, narrativas e desenhos, o mural busca um olhar detalhado e desfocado sobre as representações ali presentes. No preto e branco, muitas camadas, que vão de peixes voadores a pássaros mergulhões.


Sobre Douglas Mesquita

Formado em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Londrina, encontrou nos trabalhos com desenhos e ilustrações um caminho para criação de relatos e partituras corporais. Desenvolvendo questões vinculadas à agressividade e ao trabalho de ator, criou em seu trabalho de conclusão de curso (2017) a construção de figuras imagéticas baseadas nas experimentações físicas sobre a agressividade a partir da imaginação. Desenho, imaginação, corpo e agressividade se encontram num trabalho de descontrole e fluxo.

Inicialmente, em 2012, com o “Grupo do Santo”, desenvolveu pesquisas sobre arte e presença e a performance, bem como sobre questões do corpo e o constrangimento legados ao conceito da dramaturgia da lembrança, o grupo encerrou as atividades em 2016. A partir de 2018, com o grupo “Nunca de Performance”, desenvolve encontros, vivências, instalações e experimentações performáticas, permeando diversas linguagens e conceitos. No ano de 2022, o “Nunca de Performance” realizou seu 6° encontro de performance na Casa Madá, reunindo artistas, performers e outros profissionais a fim de vivenciar o “terapizza”.

Insta: @douglas.iscariotes
Facebook: facebook.com/douglas.iscariotes

Foto: Divulgação

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