Por Telma Elorza
“Sou uma pessoa ciumenta por natureza. Tenho ciúmes dos meus namorados, da minha família, dos meus amigos. Sofro muito com isso. Não posso ver uma amiga conversando com outra sem minha presença que me imagino traída e abandonada. Se meus pais vão casa de um irmão e não me chamam, parece que vou morrer. Meus namorados não me aguentam controlando cada minuto do dia deles. O que faço para parar com isso?”
Nossa, amiga, que inferno deve ser sua vida!
Ter um certo ciúmes do namorado e da melhor amiga é até normal. Ele é praticamente inerente ao ser humano. Se o namorado é gostosão, é claro que vamos ficar atentas, com o radar ligado. Se a melhor amiga é aquela unha e carne, é provável que vá ter ciúmes dela com outras amigas. Mas ter um nível de ciúmes de tudo e todos ao seu redor, me parece que já virou um caso patológico.
O ciúmes obsessivo, acompanhado do desejo de controlar os sentimentos e comportamentos do outro pode ser considerado patológico. Ou seja, um transtorno obsessivo porque ultrapassa os limites da boa convivência e faz sofrer, a si e aos outros.
A única maneira, a meu ver, de controlar isso é buscando ajuda profissional, seja com um psicólogo ou, até mesmo, um psiquiatra, já que, em casos extremos, pode ser preciso intervenção com medicamentos. É preciso encontrar as causas profundas desse ciúme irracional: pode ser insegurança, pode ser um trauma de perda, pode ser milhares de coisas. Só o profissional pode efetivamente ajudar a trabalhar os gatilhos emocionais que “disparam” o ciúme incontrolável.
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Quem é a Tia Telma
Telma Elorza é jornalista, divorciada e adora dar pitaco na vida dos outros. Mas sempre com autorização.
Arte: Mirella Fontana