Para cardiolista londrinense, profissionais precisam se atualizar a fim de utilizar as novidades que estão chegando
O LONDRINENSE com assessoria
A Inteligência Artificial (IA) está mudando o universo da medicina e deve transformar por completo os diagnósticos de doenças cardiovasculares. Diversas técnicas criadas recentemente logo serão popularizadas e chegarão com rapidez aos laboratórios e consultórios médicos. É o que avalia o médico cardiologista Marco Miguita, da Cardiocat, serviço de hemodinâmica em Londrina. De acordo com ele, os profissionais da medicina precisam se adaptar e se atualizar às novas técnicas a fim de potencializar o atendimento médico.
Diagnósticos potencializados
“O advento da inteligência artificial é um caminho sem volta. Por isso, quanto mais nós, médicos estarmos atualizados com as novas tecnologias, melhor atendimento poderemos oferecer aos nossos pacientes”, ressalta o especialista. Um exemplo é uma técnica não invasiva que utiliza IA para detectar pressão alta crônica com alto grau de precisão usando apenas a voz de uma pessoa. A novidade foi criada recentemente por cientistas da Klick Labs e detalhada em um estudo publicado no IEEE Acess. “Essa técnica irá revolucionar o diagnóstico precoce de hipertensão”, observa.
Outro estudo apresentado recentemente no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia pela Mayo Clinic e publicado na Nature Medicine mostra o uso de um estetoscópio digital habilitado para IA e que ajuda médicos a identificar o dobro de casos de insuficiência cardíaca em comparação ao grupo de controle que recebeu cuidados obstétricos e triagens habituais. “Imagine só poder utilizar um instrumento clássico na medicina com inteligência artificial capaz de potencializar os diagnósticos?”, ressalta Miguita.
O cardiologista avalia que a IA tem se transformado numa ferramenta importante e fundamental que contribui na avaliação pelo profissional de saúde. “Da mesma maneira que instrumentos como o estetoscópio e outros equipamentos se tornaram indispensáveis, a inteligência artificial também se tornará e nos ajudará a diagnosticar com mais precisão”, avalia o especialista.