Por Fernanda Barutta Pierri
Ahhhh quem não gosta das redes sociais? De passar um bom tempo só rolando o Instagram para rir à toa, ver as fofocas do dia. A maioria das pessoas ama! Eu gosto de me distrair e, muitas vezes, procrastinar nas redes sociais.
E constantemente precisamos ficar atentos para não perder horas do trabalho e até ficar distante da família. Agora, se nós temos esta dificuldade, imagina o filho adolescente.
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A rede social é uma droga gostosa que nos faz esquecermos dos problemas do mundo e ficarmos distraídos da vida!
Ela é perigosa para todos que não sabem usar, equilibrar e colocar limite. E já pensou se você não consegue fazer isso, como vai colocar limite no seu filho?
A rede social é a culpada? Não! Somos nós que precisamos colocar limite em nós e depois ensinar isso para nossos filhos.
Em toda a era moderna, adolescentes e nós mesmo somos distraídos para algo, TV, vídeo game, brigas de gangues (lembram como eram comum?), bebida, drogas, jogos de azar. Sempre existiu coisas que achávamos que eram os culpados.
Limite para o filho
Quem é culpado, então? Somos Nós! A educação e o limite são dadas pelos pais.
O que mais nos atrai nas redes sociais são as inúmeras coisas que posso fazer como conhecer pessoas sem sair de casa, procurar emprego, pedir comida, fazer compras, tudo isso no conforto do lar.
Uma grande oportunidade para as pessoas que são introvertidas e não gostam de sair de casa, muito bom, claro! Mas uma cilada para não se socializar e aprender a viver fora do seu quarto.
O cérebro adolescente, nesta fase, é fácil de estimular e o contato com os grandes excitações que a tecnologia traz faz com que aconteça uma descarga de dopamina que dá muito prazer.
Seu cérebro está em formação e, nesta idade, estimula o jovem a conhecer coisas novas e prazerosas. E a internet, tecnologia e redes sociais trazem tudo que ele precisa na palma da mão com muita facilidade.
E, por este fato, é difícil que eles entendam porque precisam ter limite com as telas.
Então o grande sucesso para lidar com seu filho nessa questão é conversar e fazer acordos sobre seu tempo na internet.
Você sabe o tempo de tela que podemos ter baseado em estudos científicos?
- Bebês e Crianças de até 2 anos – Zero horas
- Crianças de 2 – 5 anos – Até 1 hora por dia
- Crianças de 6 – 10 anos – Até 2 horas por dia
- Crianças e adolescentes 11 – 18 anos – Até 3 horas por dia
E para adultos não é diferente: no máximo até 4 horas.
Assustador ver a realidade entre o tempo que ficamos presos ao celular e o tempo ideia para nossa saúde!
Não proíba seu filho das telas. Desde pequeno, limite ao seu tempo ideal para sua idade, estimule a brincadeiras com você ou com amigos e familiares.
Se crescer já tendo limite e acostumado com uma rotina de atividades saudáveis, com certeza será muito mais fácil de lidar com seu filho quando ele se tornar adolescente.
Proibir não ajuda. Limites com acordo, sim!
(*) Fernanda Barutta Pierri é psicóloga clínica especialista Terapia Familiar Sistêmica, em Londrina. @clinicafernandabarutta
Foto principal: Freepik