Relembrando Nevermind

Capa-do-Nevermind-do-Nirvana

Por Rogério Rigoni

Fala meninas e meninos do ROCK!!

O ano era 1993, eu tinha dois amigos que não nos desgrudávamos. Uma bela noite, estava na casa de um deles em uma reunião de família quando chegou um cabeludo. Nós nos cumprimentamos e começamos a falar de música, festas, maconha etc…

Ele morava no Jardim Igapó e tocava bateria, nós quatro combinamos de ir na casa dele um final de semana para nos conhecermos melhor. Fomos para lá e conversa vai conversa vem, descobrimos ter muita coisa em comum.

Com o passar dos dias ele começou a apresentar os amigos dele que também moravam no bairro.

A gente montou uma “gangue”, saíamos, pegávamos uma estrada, sempre com um violão, saxofone, vinho, uns “beck” e íamos para lá, cantar, tocar, dançar, fumar “uns”, até o amanhecer.

O mais legal era quando tinha lua cheia, a estrada ficava toda iluminada e nós fazíamos uma fila enquanto um amigo ia na frente tocando o saxofone, aquelas viagens de maconheiros, kkk.

Todo final de semana era assim, já chegamos a ir em três carros lotados para lá, pensa numa doideira.

Uma vez, enquanto voltávamos para casa, uma coruja entrou na frente do carro e foi voando bem perto do para-brisa por um tempo, aquilo foi uma viagem “loka”, todos no carro rindo e gritando.

Nevermind

Teve uma noite que fomos apresentados a uma menina e ela contou que o pai dela era crítico musical. Ele trabalhou na Folha de Londrina quando o jornal tinha essa coluna e que a casa dela tinha milhares de discos. Claro que, na hora, pedimos para ir na casa dela ver essa coleção de vinil. Quando chegamos lá todos nós caímos no chão! Era tantos discos, CDs que não sabíamos por onde começar.

O legal é que o pai dela, mesmo não morando mais em Londrina, ainda continuava a receber discos.

Não lembro ao certo, mas acho que foi numa sexta que, na casa da nossa amiga, chegou um disco (vinil) chamado “Nevermind”, de um “tal” Nirvana. Aquela capa do menino pelado na piscina com uma nota de dólar intrigou a gente. Depois de uma boa olhada, colocamos para tocar, quando ouvimos os primeiros acordes de “Nevermind” pensamos: “Meu Deus! O que é isso”?

Lembrando de uma época em que conseguimos ouvir Nevermind antes de chegar às rádios.
Fotos: Reprodução da internet

Cara! Aquilo “pirou” nossa cabeça. Quando escutamos o disco inteiro falamos: Isso é foda demais!

Eu sei que escutamos o disco uma semana sem parar. Ao invés de irmos só no final de semana na casa dela para escutar o disco, nos íamos nos dias de semana mesmo.

Passado uma semana do nosso Nirvana particular, o disco foi para as rádios e Nevermind estourou!

Acabou a nossa festa, o Nirvana não era mais só nosso, era do mundo!

O resto da história você já sabe.

Tenha um ótimo final de semana e…

BORA PRO ROCK!

Rogério Rigoni

“FALA, MENINAS E MENINOS DO ROCK”! Assim começa o programa o DNA Rock Brasil, pela radio web Antena Zero, de São Paulo! Sou um dos apresentadores e falo do que amo desde que me conheço por gente: música! E se for autoral, melhor ainda! E já que não tive uma banda, me realizo falando e escrevendo sobre rock and roll! Punk de alma e de coração, vivendo em paz ! E…BORA PRO ROCK!

Me sigam no Instagram: @historias_de_rock

Leia mais colunas DNA do Rock

(*) O conteúdo das colunas não reflete, necessariamente, a opinião do O LONDRINENSE.

Compartilhe:

Anuncie no O Londrinēnse

Mais lidos da semana

Anuncie no O Londrinēnse

plugins premium WordPress