Por Rogério Rigoni
Fala, meninas e meninos do rock!
Terça-feira de manhã e me deu vontade de escutar uma banda que há tempos não escutava: Silverchair.
Cara, como eu curtia e ainda curto essa banda, mais que Nirvana e outras tantas do meio grunge. Eu tinha 20 anos quando foi formada a banda, isso foi em 1992.
Em 1995, eles lançaram o primeiro álbum, Frogstomp, e o último em 2007, intitulado Young Modern.
A evolução desses meninos fica bem clara nos cinco discos que a banda lançou. Muitos achavam eles uma cópia barata do Pearl Jam, mas eu não estava nem aí para a opinião das pessoas, gosto é gosto e foda-se.
Várias canções me marcaram, não vou citar os nomes por que são muitas e para quem nunca ouviu falar de Silverchair, pesquise!
Em 2005, quando foi criado o YouTube eu pirei! Era uma puta novidade aquela porra, tanto que até hoje deve ser o segundo maior buscador de pesquisa na internet.
Lembro que morava em Ourinhos e, em 2002, tinha a Speed, que seria hoje um desses provedores da vida, lembro que minha internet era discada e a Speed veio para salvar.
Devagarzinho fui descobrindo como usar o YouTube e ali pude achar clips e full álbum deles, pois em 1995 eu ainda não tinha computador.
Ali pude apreciar a obra do Silverchair, que não sai da minha playlist. Me lembro de uns clips fodas que eles lançaram e como eu morava em uma sobreloja, vocês devem imaginar a altura que era o som, não tinha vizinhos mesmo, então bora cochar o som no talo.
Lembrando que no Rock In Rio 3, de 2001, eles tocaram no Brasil, mas nessa época eu andava tão doido que nem lembrei que eles vinham e não fui no show. Foda-se, isso é passado.
Vocês se lembram do eMule? Quando ele valia a pena e era o único modo de baixar músicas e outras tantas coisas. Então, por lá eu baixei os sons do Silverchair e gravei em CD. Quando eu saia de Ourinhos para Londrina fazer compras, essa era minha trilha sonora.
Lembro que, quando estava chegando em Ibiporã e de lá eu via Londrina ao longe, sempre estava rolando uma música lenta deles que me deixava comovido e eu ficava pensando: Que diabos eu estou fazendo em Ourinhos, meu lugar não é lá. Mas tirando esse empecilho, a viagem de lá para cá era maravilhosa, sozinho no carro, o som no talo, até esquecia que eu era uma pessoa infeliz e autodestrutiva.
É uma pena que nem tudo é para sempre e a banda entrou num hiato eterno. Tanto que Daniel (Vocal) não pretende voltar com sua antiga banda. “Nem com uma arma apontada para cabeça e nem por um milhão de dólares”, ele disse isso em 2018.
Mas está tudo certo, eu tenho o YouTube e o Silverchair vai estar sempre lá, quando der saudade igual deu terça-feira, é só correr para lá.
E como eu já disse ai em cima, quem não conhece a banda, dê uma escutada na sua obra e na sua evolução musical, vale muito a pena.
Fiquem bem, ótimo resto de semana e…
BORA PRO ROCK!

Rogério Rigoni
Foi comerciante a vida toda, se rebelou e assumiu seu lado de escultor. A música que sempre foi sua paixão! Rock and roll na vida e na arte!
Foto: Print do clipe Tomorrow/Silverchair