Dia da Consciência Negra e o Direito do Consumidor

Black man in a cafe. Guy with shopping bags. Man in a white jacket.

Por Flávio Caetano de Paula Maimone

É fundamental a reflexão e o olhar sobre a presença de racismo na sociedade e nas instituições, tanto quanto é fundamental superarmos a invisibilidade do tema racismo, falarmos sobre racismo, nos reconhecermos racistas e a necessidade de destruir o racismo que habita em nós mesmos (só vamos conseguir destruir o racismo quando observarmos sua presença em cada um de nós).

E, justamente, refletindo sobre o tema que a Secretaria Nacional do Consumidor lançou diretrizes para combater o racismo nas relações de consumo. Mais de um ano e meio depois da publicação dessas diretrizes, é preciso refletir sobre a necessidade de efetivas ações que combatam o racismo, que caminhem a passos largos à materialização das diretrizes. Para tanto, lembramos algumas delas:

Comunicação publicitária não racista

Os fornecedores de produtos e serviços devem adotar uma comunicação não racista em campanhas publicitárias e a utilização de estereótipos não deve ser admitida, bem como a promoção de produtos ou serviços que reforcem esta condição, devendo sempre atender a diversidade étnico-racial presente nas relações de consumo.

Participação da pessoa negra consumidora na tomada de decisão

As pessoas negras consumidoras devem ser representadas e ter voz ativa em órgãos e instâncias de proteção aos direitos provenientes das relações de consumo, de forma a garantir que as políticas de proteção sejam sensíveis às necessidades e aos seus interesses. 

Educação e conscientização

A educação e a conscientização sobre direitos e valorização da cultura da pessoa negra deve ser promovida, visando a formação da sociedade para eliminação de estereótipos e preconceitos. 

A educação e a conscientização devem começar pelas escolas que têm o dever legal de promoverem o ensino afrobrasileiro em escolas, sendo que em relação às escolas particulares há o poder/dever dos PROCONs fiscalizarem a presença do ensino da história e da cultura afrobrasileiras.

Flávio Henrique Caetano de Paula Maimone

No Dia da Consciência Negra é preciso fazer uma reflexão sobre a presença do racismo na sociedade e nas instituições, inclusive nas relações de consumo

Advogado especialista em Direito do Consumidor, sócio do Escritório de advocacia e consultoria Caetano de Paula & Spigai | Sócio fundador da @varbusinessbeyond consultoria e mentoria em LGPD. Doutorando e Mestre em Direito Negocial com ênfase em Responsabilidade Civil na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Diretor do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (BRASILCON). Associado Titular do IBERC (Instituto Brasileiro de Estudos de Responsabilidade Civil). Professor convidado de Pós-graduação em Direito Empresarial da UEL. Autor do livro “Responsabilidade civil na LGPD: efetividade na proteção de dados pessoais”. Colunista do Jornal O Londrinense. Instagram: @flaviohcpaula

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(*) O conteúdo das colunas não reflete, necessariamente, a opinião do O LONDRINENSE.

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