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O Brasil distópico em que vivemos!

Por Fábio Luporini


Um universo distópico. É ao que o brasileiro está sendo submetido sob o governo Bolsonaro. Enquanto o filhinho do presidente, Eduardo Bolsonaro – que, aliás, gosta de processar blogueiros e tuiteiros que fazem críticas a ele e a seu pai –, faz foto vestido de sheik árabe com a família em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, ao custo de quase R$ 1mil, o cidadão brasileiro sofre para conseguir comprar um botijão de gás de cozinha, entre R$ 100 e R$ 120, ou, então, abastecer o carro com gasolina, por mais de R$ 6 o litro. Sem contar no preço da carne, do arroz e do feijão.

Distopia é uma realidade onde há desigualdade, opressão, falta de liberdade, sofrimento e autoritarismo. É o que diz o dicionário, mas, poderia ser expressão do contexto em que vive o Brasil debaixo da estapafúrdia gestão bolsonarista. Enquanto vez ou outra o pseudopresidente tem rompantes autoritários, o povo, a família tradicional brasileira e a claque virtual vivem na cada vez mais profunda desigualdade econômica e social, ampliada pelas decisões desequilibradas de um presidente e equipe desequilibrados.

É errado pagar quase R$ 1 mil para tirar uma foto fantasiado com roupas árabes com sua esposa e filha pequena? Nem um pouco, não fosse o fato de que a viagem, em si, paga com dinheiro público, seria para apresentar o país na ExpoDubai 2020. Que Brasil estamos apresentando ao mundo? Um país distópico, que gasta R$ 3,6 milhões dos cofres públicos em uma comitiva ao mesmo tempo em que, internamente, não há dinheiro para programas sociais ou falta verbas – e vontade política – para a compra de vacinas contra a Covid-19. Isso é distopia. É viver sob um sofrimento permeado pelo autoritarismo que culmina em desigualdade e falta de liberdade.

Ah, é importante ressaltar que não é errado um presidente, com uma comitiva, visitar um país amigo para estreitar laços comerciais e estratégicos. O problema está em relegar o cuidado com o povo a um acaso governamental, não se preocupando com os problemas reais que o país enfrenta. Quer mais exemplos? Fazer motociata enquanto tantos morrem de Covid-19 é um deles, entre tantos possíveis. Ir aos eventos sem máscara, também. Recusar-se a tomar a vacina contra o coronavírus, é pior ainda! Isso tudo é distopia. Entretanto, como acontecem nos filmes e séries, as pessoas só percebem quando é tarde demais. E tomara que 2022 não seja tão tarde assim: Fora Bolsonaro!

Fábio Luporini

Sou jornalista formado pela  Universidade Norte do Paraná e sociólogo formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) . Fui repórter, editor e chefe de redação no extinto Jornal de Londrina (JL), atuei como produtor na RPC (afiliada da TV Globo), fundei o também extinto Portal Duo e trabalho como assessor de imprensa e professor de Filosofia, Sociologia, História, Redação e Geopolítica, em Londrina.

Foto: Reprodução/redes sociais

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1 comentário

  1. Prezado, professor. Analiso com particular atenção suas observações sobre o atual governo. Que reputo excelente ante os 10 outros anteriores que eu conheci nos meus 74 anos de idade e minhas análises de geopolítica. Gosto de ver o governo entregando obras todas as semanas desde o início do seu governo. Obras que estavam paradas porque já tinham cumprido o seu objetivo de saque. Agora viram realidade sem propina. Zero de corrupção. Não faz mais porque o status quo esquerdista o sufoca diariamente. Mas Deus é grande e capacita os escolhidos.

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