Suas roupas, seu cabelo, o formato ou o tamanho de seu nariz. Você é uma pessoa que se preocupa com a aparência? Ou, o que é pior, dá importância ao que os outros dizem ou pensam a respeito de você? Impossível dizer que nós não nos importamos com isso. Ou que nunca, em algum momento da vida, não demos valor a esse tipo de coisa. Infelizmente, nossa sociedade é carregada de opiniões e pré-julgamentos que interferem no modo como nos comportamos no convívio com as pessoas.
Esse tema veio à tona porque na semana passada tratei dele no programa Dica Filosófica, pela rádio UEL FM (107,9) – toda sexta-feira, ao vivo, às 16h ou com reprises aos sábados, às 14h –, ao filosofar sobre o filme “Shrek”, acompanhado da trilha sonora da franquia. E uma das reflexões era que, enquanto estava preocupado com o que os outros pensavam sobre si, o protagonista do filme, um ogro totalmente fora dos padrões de beleza aceitáveis socialmente, era mal-humorado, violento e arrogante.
Até que, ao longo da trama, Shrek foi percebendo que poderia muito bem fazer amigos verdadeiros independentemente da condição física. Ao contrário, esses são realmente os amigos de verdade porque não levam em conta as marcas da roupa que usamos, o dinheiro que podemos oferecer ou o status da companhia. O simpático Burro, por exemplo, demonstrou por diversas vezes ser um amigo fiel. Assim como a princesa Fiona, que inicialmente todos pensavam ser o ícone da beleza dos contos de fada.
Quando ligamos o famoso “foda-se” para o universo que as pessoas criam sobre nós, somos mais felizes e menos preocupados. Ganhamos mais tempo para aproveitar a vida de forma mais leve. Envelhecemos mais lentamente e desfrutamos das verdadeiras coisas boas, tais como a companhia das pessoas, descobrindo nelas o que há de melhor: o coração cheio de amor. Essa é uma experiência que, às vezes, vem carregada de dor enquanto em outros casos podemos descobrir naturalmente. Que caminhos você escolhe?
Fábio Luporini

Sou jornalista formado pela Universidade Norte do Paraná e sociólogo formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) . Fui repórter, editor e chefe de redação no extinto Jornal de Londrina (JL), atuei como produtor na RPC (afiliada da TV Globo), fundei o também extinto Portal Duo e trabalho como assessor de imprensa e professor de Filosofia, Sociologia, História, Redação e Geopolítica, em Londrina.
Uma resposta
Excelente perspectiva!Muuito verdadeira!adorei!