Por Marcelo Minka
A tela grande, mais uma vez, se torna um portal para o desconhecido, um convite para adentrarmos nos recantos mais sombrios da mente humana. “O Exorcismo”, a mais recente incursão no gênero terror, chegou aos cinemas prometendo uma jornada visceral e inquietante, e até que não decepciona. Com Russell Crowe (bem mais gordinho do que em O Gladiador – 2000) à frente de um bom elenco, o filme nos convida a questionar os limites entre o real e o sobrenatural, entre a sanidade e a insanidade.
A trama gira em torno de Anthony Miller, um ator atormentado por um passado turbulento e vícios arraigados. Enquanto interpreta um papel em um filme de terror, Anthony começa a exibir comportamentos cada vez mais estranhos e perturbadores, levantando a suspeita de que forças malignas estejam tomando conta de sua mente. Sua filha, distante e preocupada, busca desvendar o mistério que ronda seu pai, adentrando um mundo de sombras e horrores inimagináveis.
O que mais impressiona em “O Exorcismo” é a atmosfera opressiva que permeia todo o filme. A direção cuidadosa e a fotografia impecável criam um ambiente de constante tensão, onde cada sombra e cada ruído se transformam em uma ameaça iminente. A trilha sonora, por sua vez, intensifica a experiência, com melodias dissonantes e efeitos sonoros de arrepiar.
Russell Crowe entrega uma performance visceral e intensa, interpretando um homem à beira do abismo, consumido pela dor e pela loucura. Sua atuação é tão convincente que, por momentos, é difícil distinguir a realidade da ficção. O restante do elenco também se destaca, com atuações sólidas e convincentes.
Mas “O Exorcismo” não se limita a ser apenas mais um filme de terror. A trama explora temas profundos como a fé, a família, a culpa e a redenção, nos levando a refletir sobre a natureza humana e os limites da ciência.
Sessão Fofoca “O Exorcismo”
Inspiração real: Embora a história de “O Exorcismo” seja ficcional, o diretor revelou ter se inspirado em casos reais de exorcismos, o que confere ainda mais realismo à trama.
Efeitos especiais: A equipe de efeitos especiais criou criaturas e cenários aterrorizantes, que prometem deixar o público de queixo caído.
Fim ambíguo: O final do filme é aberto à interpretação, deixando o público livre para formar suas próprias conclusões sobre o destino dos personagens, e, claro, possibilidade para uma continuação, dependendo da arrecadação nas bilheterias.
Marcelo Minka
Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas. Me siga no Instagram: @marcelo_minka e @m_minka_jewelry
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