Este é o primeiro filme da franquia da Sony Pictures que não conta com a dupla icônica Will Smith e Tommy Lee Jones. Chris Hemsworth e Tessa Thompson assumem os personagens principais. Com a química entre os dois atores (Valquíria e Thor no universo Marvel), já era de se esperar que a dupla seria bem divertida em MIB Internacional. O casal apresenta um humor diferente do apresentado entre Smith e Lee Jones, é mais “bobo”, quase infantil, mas diverte.
Dirigido por F. Gary Gray (Velozes e Furiosos 8), o projeto junta novos personagens em um universo familiar, como em Jurassic World. A franquia continua apresentando as deliciosas esquisitices dos aliens e suas armas incríveis. Esta nova trama apresenta a Agente M (Tessa), uma novata na agência que participa de missões ao lado do experiente Agente H (Hemsworth). Juntos, enfrentam a conspiração de um traidor dentro da agência secreta que funciona como uma embaixada para os seres alienígenas na terra.
A adição do personagem alienígena e fofo Pawny intensifica a força dos diálogos, trazendo sarcasmo e acidez durante a ação, mas ao mesmo tempo também deixa o filme com uma “cara” mais infantil. O equilíbrio entre humor e ação funciona, mas não impressiona, o roteiro não colabora.
Em uma iniciativa internacional da Sony Pictures, que criou versões diferentes do filme para alguns países, o humorista brasileiro Sérgio Mallandro faz uma participação especial. Além da participação, o humorista também gravou dois vídeos promovendo o filme no Youtube.
Renovar é preciso, mas também é preciso ousar. A tentativa para reanimar a franquia tinha tudo para dar certo, mas acerta apenas no humor, apresentando uma trama vazia, confusa e pouco criativa. A franquia pode sim, sobreviver sem o carisma de Will Smith e Tommy Lee Jones, mas tem que ousar e explorar com mais criatividade este universo todo.
Foto: Divulgação
Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas.