Megalópolis: uma experiência estética ímpar

Megalopolis

Por Marcelo Minka

Megalópolis, a ambiciosa nova obra de Francis Ford Coppola, diretor de “filmaços” como O Poderoso Chefão (1972), Apocalypse Now (1979), entre outros, finalmente chegou aos cinemas. O filme, que há décadas vinha sendo desenvolvido pelo cineasta, apresenta uma visão épica e futurista de Nova York, reconstruída após um desastre catastrófico.

Fracasso retumbante de público em seu lançamento e dividindo a opinião da crítica especializada, o filme merece ser assistido porque apresenta uma visão que foge completamente ao clichê hollywoodiano, apresentando uma perspectiva cinematográfica muito particular de Coppola. O filme foi financiado de forma independente pelo próprio diretor, dando a ele a liberdade criativa para realizar seu projeto dos sonhos, sem as restrições típicas de grandes estúdios. Isso se reflete em uma estética visual única e em escolhas narrativas ousadas.

A trama gira em torno de um conflito entre dois visionários: César, um arquiteto idealista que busca erguer uma cidade utópica, e Franklyn Cicero, um político pragmático que defende a manutenção do status quo. A batalha entre essas duas forças opostas molda o futuro da cidade e, por extensão, da humanidade.

O filme conta com um elenco talentoso, reunindo grandes nomes do cinema, como Adam Driver (Casa Gucci – 2021), Dustin Hoffman (Rain Man – 1988) e Forest Whitaker (O Mordomo da Casa Branca – 2013), Megalópolis é uma jornada cinematográfica que explora temas como poder, utopia, e a natureza humana. No entanto, a complexidade da narrativa e a duração do filme, mais de duas horas, polarizaram a crítica e afastaram o público.

Em resumo, “Megalópolis” se destaca por sua ambição, originalidade e pela assinatura única de Francis Ford Coppola. É um filme que busca desafiar as convenções do cinema contemporâneo e oferecer uma experiência cinematográfica rica e memorável.

Financiado de forma independente, Megalópolis traz a visão e a liberdade criativa de Francis Ford Coppola, sem restrições de estúdios

Sessão fofoca nível Megalópolis

Megalópolis não só chamou a atenção pela sua ambiciosa trama futurista, mas também pelos bastidores turbulentos que marcaram sua produção. Diversas histórias e rumores surgiram durante as filmagens, transformando o filme em um dos assuntos mais comentados do cinema nos últimos tempos.

Entre elas, a relação conturbada com Shia LaBeouf (Transformers – 2007), a saída do ator do elenco. Rumores apontam para desentendimentos entre o ator e o diretor, com acusações de comportamento inadequado por parte de LaBeouf. Na verdade, isto já era esperado, considerando-se que o ator já está sendo cancelado em Hollywood a um bom tempo, justamente por esse tipo de comportamento.

Outra fofoca pesada são as acusações contra Coppola: o diretor foi alvo de acusações de assédio sexual durante as filmagens. Algumas fontes relataram comportamentos inadequados com figurantes, o que gerou grande repercussão na mídia. O nível foi de “senta aqui no meu colo”.

Apesar dos pesares, os perrengues não atrapalharam o resultado final, uma experiência estética única. Vá ao cinema e divirta-se.

Marcelo Minka

Graduado em licenciatura em Artes Visuais, especialista em Mídias Interativas e mestre em Comunicação com concentração em Comunicação Visual. Atua como docente em disciplinas de Artes Visuais, Semiótica Visual, Antropologia Visual e Estética Visual. Cinéfilo nas horas vagas. Me siga no Instagram: @marcelo_minka e @m_minka_jewelry

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(*) O conteúdo das colunas não reflete, necessariamente, a opinião do O LONDRINENSE.

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