Por Ângela Diana
Atenção, contém spoiler! Mas leia assim mesmo. Em meados de março (espero que não tenhamos imprevistos!), estarei novamente “em cartaz” no SESC CADEIÃO de Londrina! É, pessoal, também não gosto desse nome. Mas, o Sesc, desde sua inauguração, se tornou um pólo de eventos culturais e de movimento dentro da cidade.
Num lugar árido, como a nossa antiga cadeia pública era, se tornou é um oásis!
As salas não são perfeitas, mas o tratamento com os artistas e fazedores de cultura é impecável!
Somos tratados como merecemos! Como PROFISSIONAIS!
O pessoal busca, embala, monta, dá todo o apoio logístico, humano e ainda divulga as expôs.
Por isso e outras, espero com ansiedade mais uma individual ano que vem no Sesc!
Não tenho muitas individuais no currículo, não por não querer, mas durante minha trajetória, sempre estive envolvida com os trabalhos em grupos e projetos e só quem vive isso no dia a dia, sabe o quanto se precisa de energia para fazer coletivas e individuais, tudo ao mesmo tempo, agora!
Para mim, individuais sempre foram extremamente importantes… Inclusive, em todas as minhas expôs o cuidado com o tema, as obras e até a roupa que eu uso para as ocasiões são especiais!
Durante anos, minha amiga Sônia Gibim, fazia figurinos lindos e diferentes para mim.
Ter entrado no mundo das bijoux e tendências até que foi muito natural, pensando nisso enquanto escrevo…
Roupas, acessórios , a cor das unhas e estilos de penteado são formas de expressão também!
Sou absolutamente contra o povo que quer ser “igual”, que faz “harmonização”! Harmonizar um rosto? E o que se está usando como modelo para isso?
Sesc, me aguarde
Enfim, essa expô vai ter como mote vários tipos de expressão…Vai ser um resumo dos anos mais recentes, desde a experiência com a loja e queridas clientes e fornecedores até pitacos de amigos e amigas que lidam com roupas e jóias, né, Isabelle Garib Amaral e Tati Brenzan?
A Isa foi uma das minhas primeiras alunas do atelier (ela estará na expo do grupo em breve), se formou ourives e tem um trabalho sensacional! Ela que me deu um toque e uma força para fazer bijoux autorais, inspiradas no meu trabalho como artista.
Claro que, na expô, estarão apenas os “primórdios” disso, mas a ideia é tirar a essência das obras e transformar em objetos de uso!
Mas para um uso como “objeto de poder” e não só para uma vaidade vazia ou fútil!
A moda , as tendências sempre partem do mesmo processo de criação que usamos para as artes plásticas…
Vista-se de obras!
Lembrei de camisas, vestidos , sapatos feitos por artistas como Dali, que criou jóias com suas figuras surrealistas até objetos e vestuário feitos com inspiração, mas obras dos artistas.
A ideia não é nova! E nem tem que ser! Criar não significa fazer algo do “nada”, mas inspirar-se, recriar, colocar o seu diferencial! E ter em mente que a única coisa realmente exclusiva é você! Sim, porque ninguém tem o mesmo DNA!
CONFIE que tudo o que você faz e toca e é “criativo”, acaba sendo o “diferente” e interessante!
Mesmo com o inconsciente coletivo, que nos une , ainda somos pessoas únicas!
Baita spoiler aqui!! O nome da Expo? Ainda não sei! Mas o Sesc me aguarda.
Pax vobiscum para você!
Café , pesquisa, noites de insônia com tintas, tecidos e música nos próximos meses para mim!
E, claro, busca de pautas para a coluna também!
Ângela Diana
Sou londrinense e me dedico à arte desde 1986 quando pisei pela primeira vez no atelier de Leticia Marquez. Fui co-fundadora da Oficina de Arte, em parceria com Mira Benvenuto e atuo nas áreas de pintura, escultura, desenho e orientação de artes para adolescentes e adultos. Instagram angela_dianarte
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Fotos: Acervo pessoal
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