As atividades foram paralisadas logo pela manhã desta sexta-feira
Telma Elorza
O LONDRINENSE
Trabalhadores do transporte coletivo paralisaram as atividades em Londrina, na manhã desta sexta-feira (22). Estão parados funcionários das duas empresas de transporte coletivo do Município, Transporte Coletivos Grande Londrina (TCGL), Londrisul e TIL. O motivo seria a falta de pagamento do vale quinzenal. Mais de mil funcionários das três empresas estão de braços cruzados desde às 4h nas garagens.
A assessoria de imprensa da Prefeitura encaminhou uma nota afirmando que a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) está acompanhando a paralisação dos trabalhadores do transporte coletivo desde às 5 horas da manhã, quando foi informada que o protesto poderia ocorrer. “Em que pese o respeito a toda classe trabalhadora, qualquer paralisação ou greve deve ser antecedida com o cumprimento das exigências legais, tais como, a comunicação da decisão com antecedência mínima de 72 horas da paralisação em respeito à população. A CMTU está cobrando a direção das duas empresas para que elas possam dar a resposta sobre o vale (antecipação) aos trabalhadores para que a operação do transporte coletivo seja normalizada”, diz a nota.
Procuradas, as duas empresas não se manifestaram ainda sobre a paralisação nem sobre possíveis soluções.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Londrina (Sinttrol), João Batista, disse em entrevista à rádio Paiquerê 91,7 que foi uma manifestação espontânea dos trabalhadores e não orquestrada pelo sindicato. “O sindicato tentou paralisar em dezembro, mas recebemos um interdito proibitório. Era apenas um protesto em que iriamos paralisar a frota por algumas horas. Veio um decreto que o trabalhador, mesmo sem receber, tem que trabalhar”, disse o presidente do sindicato à rádio. Segundo ele, assim que o dinheiro cair na conta dos trabalhadores, as atividades devem ser normalizadas.
Em outubro do ano passado, uma paralisação similar e pelo mesmo motivo, também numa sexta-feira, pegou todo mundo de surpresa. Na época, a paralisação atingiu apenas TGCL e a empresa de transporte intermunicipal TIL. A Londrisul continuou trabalhando. Em uma nota oficial divulgada naquele dia, a TCGL jogou a culpa pela greve surpresa dos motoristas de suas linhas nas costas da Prefeitura de Londrina, afirmando que estava enfrentando problemas financeiros para cumprir com as obrigações trabalhistas porque a Prefeitura não teria feito repasses financeiros para garantir a operacionalização do transporte público durante a pandemia.
Foto: Arquivo/TCGL