Luz Oculta tem nova etapa e presos em Curitiba

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Foram cumpridos 10 mandatos de prisão e quatro de busca e apreensão

Telma Elorza

O LONDRINENSE

A Divisão Estadual de Combate a Corrupção (DECCOR) da Polícia Civil e o Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria), do Ministério Público do Paraná, cumpriram hoje (7), em Curitiba e Balneário Camburiú (SC), 10 mandados de prisão e quatro de busca e apreensão na quarta etapa da Operação Luz Oculta, que investiga contratos de iluminação de LED firmados entre a empresa Energepar Empreendimentos Elétricos e municípios do Paraná. Os presos – cujas identidades não foram reveladas – são de Curitiba e Região Metropolitana e estão ligados à empresa, segundo uma fonte dO LONDRINENSE.

A Polícia Civil já abriu três inquéritos para investigar fraudes nos contratos entre a Energepar e três municípios – Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu e Londrina -, mas, de acordo com o site do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), outros 24 municípios também firmaram contratos com a empresa. No total, são 66 contratos com 27 municípios e 28 entidades que, juntos, somam um valor de R$88,19 milhões.

Em outubro, na terceira etapa da Luz Oculta, o DECCOR cumpriu mandados de busca e apreensão de conjuntos de lâmpadas LED em postes de iluminação de Londrina, uma das etapas do inquérito instaurado para investigar possíveis fraudes no contrato da Sercomtel Iluminação com a Energepar. As lâmpadas recolhidas estão sendo periciadas para comprovar se o produto é o mesmo estipulado no contrato firmado com a Sercomtel Iluminação. A suspeita é que a empresa, embora tenha cobrado por lâmpadas originais, entregou LEDs genéricas, com valor bem abaixo da original.

A delegada responsável pelo três inquéritos, Rita de Cássia Camargos Lira, afirmou, na época, que há indícios de que a Energepar tem constituição fraudulenta – com “laranjas” no lugar dos verdadeiros proprietários – e que, na análise dos editais com a Sercomtel Iluminação, levantou-se as suspeitas de direcionamento na licitação, crime caracterizado na lei 8.666. “Como a gente já tem esses pré indícios dessa empresa que, pela constituição fraudulenta não seria tão idônea, passamos avaliar melhor os contratos”, explicou ela à reportagem na época.

O LONDRINENSE está tentando conversar com a delegada novamente para atualizar a situação do inquérito de Londrina.

Foto: Divulgação/Polícia Civil

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