É chegada a hora do lockdown em Londrina?

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Será a hora de aprendermos a lição com os países que tiveram a infelicidade de enterrar seus mortos em valas comuns?

Mirella Fontana
O LONDRINENSE

São 6.717 casos confirmados de Covid-19 em Londrina. 788 casos apenas na última semana. 186 vidas perdidas.

Em 31 de agosto, quando o prefeito Marcelo Belinati assinou o decreto para o horário estendido do comércio, Londrina vinha com um crescente número de casos de Covid-19. Durante o mês de agosto o município registrou 2.697 casos. No mesmo período em que foram relaxadas as medidas de prevenção ao contágio.

Quando uma população não consegue entender que é preciso se prevenir, não é chegada a hora de impor medidas restritivas que preservem a vida?

Na última semana a ocupação dos leitos de UTI ultrapassou os 80%, segundo os dados divulgados pela Secretaria de Saúde, dados esses que vem de encontro a realidades diferentes do que vem acontecendo no resto do país, aonde a curva de contágio vem diminuindo.

Obviamente o comércio não é o único responsável pelo elevado número de contágio em Londrina, a população em geral relaxou com as medidas protetivas, ficou comum passarmos por lugares lotados. As festas e baladas, embora um pouco escondidas, continuam acontecendo. A vida parece que voltou ao normal. Esquecemos que estamos passando por uma pandemia onde muitas pessoas choram pelos seus mortos diariamente.

Hoje, todos nós já perdemos alguém, um familiar, um amigo, uma pessoa querida. Todos nós sofremos a dor que deveria se transformar em atitudes para que tudo isso fosse evitado.

Especialistas vêm alertando para a iminência de um colapso no sistema de saúde e as medidas tomadas estão indo cada vez mais ao encontro do relaxamento do que da prevenção.

Quando a população não tem consciência de seu dever enquanto sociedade, é chegada a hora do executivo municipal, que detém o poder do decreto, adotar as medidas cabíveis. Esperamos que não seja tarde!

Não será a hora de evitar que Londrina chore a perda de mais pessoas? Acabou a pandemia ou banalizamos a morte?

Não são números, são vidas!

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