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Administradora do Fundo Bourdeaux figura em cinco operações da Polícia Federal

A corretora de valores mobiliários Planner, administradora do Fundo de Investimento que adquiriu as ações da Sercomtel, foi alvo de investigações por lavagem de dinheiro, fraude em fundo de pensão e outras acusações

Mirella Fontana e Telma Elorza
O LONDRINENSE

Nesta semana, o Fundo de Investimentos Bordeaux adquiriu a cessão de direto de preferência no aumento de capital social da Sercomtel Telecomunicações a R$0,10 por ação, na bolsa de valores B3, em São Paulo. O fundo é administrado pela Planner Corretora de Valores Mobiliários, alvo de cinco ações de ações da Polícia, suspeita de lavar dinheiro para o doleiro Alberto Yousseff e fraudar fundos de pensão, entre outras acusações.

O grupo empresarial teria recebido R$ 3,7 milhões da GFD, empresa usada para lavar dinheiro do doleiro Alberto Youssef e repassou quase a mesma quantia para a construtora OAS durante a finalização de obras do prédio no Guarujá, onde o ex- presidente Lula tem apartamento. 

O repasse da GFD para a Planner aparece entre os primeiros documentos analisados pela Polícia Federal depois da quebra de sigilo fiscal das empresas de Youssef. A matéria pode ser conferida na íntegra no link: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/514217/noticia.html?sequence=1&isAllowed=y

Também pesa sobre a corretora Planner a suspeita de ter provocado um prejuízo milionário aos fundos de pensão Petros (Petrobras) e Postalis (Correios). A empresa é uma das investigadas pela Polícia Federal na operação Greenfield . O Ministério Público Federal pede ressarcimento de
mais de R$ 560 milhões, valor que equivale ao triplo dos danos causados pelo esquema, calculados em R$ 187 milhões. Confira aqui.

O Fundo Bourdeaux foi criado em dezembro de 2019, e reativado apenas no dia 4 de agosto deste ano, 14 dias antes do leilão.

Com o leilão ocorrido no dia 18, a Bourdeaux se comprometeu a repassar R$ 130 milhões a Sercomtel a fim de capitalizar a empresa, em troca de 97,4% sendo que o restante das ações, 2.6%, continuam pertencendo a Prefeitura de Londrina, a Copel e aos sócios minoritários e serão adquiridos pelo Fundo de Investimento posteriormente, conforme prevê o edital.

Segundo avaliação feita pela Prefeitura de Londrina, o valor da Sercomtel Telecomunicações é de devedor em R$ 170 milhões, que corresponde a todo seu patrimônio menos o valor devido. Com base nisso, foi estabelecido o valor de cada uma das 38 milhões de ações. Antes da compra, o município possuía 12.934.302 ações ordinárias um total de 54,7%, já a Copel 10.582.669 ações o equivalente a 45% e outros acionistas possuíam 54 ações num total 23.517.025

Perguntado na coletiva de imprensa concedida na manhã de ontem (19), a equipe do prefeito Marcelo Belinati (PP) explicou que o futuro dos funcionários da Sercomtel será decidido pela Bourdeaux.

Segundo o prefeito Marcelo Belinati, a prefeitura comprou as ações da Sercomtel Iluminação e da Sercomtel Contact Center que deverá ser transformada em uma empresa de tecnologia, e as ações remanescentes dessas empresas deverão ser doadas ao municipio, conforme o edital.

Belinati também afirmou que o passivo das dívidas, que pode chegar a R$ 600 milhões, agora fica sob responsabilidade da empresa.

Quanto a permanência da empresa na cidade o prefeito garantiu que está prevista na Lei Municipal que autorizou desestatização da Sercomtel Telecomunicações.


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2 Comentários

  1. O belinatismo não muda. Em 2000, quando o parente do prefeito atual vendeu 45 % da telefônica para Copel, foi preso em março de 2000, em Viracopos o prefeito Antônio Belinati e o presidente da Sercomtel, Milton Pavan. Mais do mesmo.

  2. Resultado das incompetência e desonestidade administrativas!

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